Apesar de ter engravidado em uma idade que dizem ser a gravidez uma aventura perigosa, tenho a dizer que a experiência foi interessante, o que não quer dizer que tenha sido fácil, ainda mais por estar em um país estrangeiro e sem familiares por perto.
Não tive nenhum problema sério diretamente relacionado à gravidez, como diabetes, pressão alta, má circulação, que pudesse trazer riscos para mim ou para o bebê. Mas sofri horrores com refluxo, sono, falta de ar esporádica, cansaço e com o peso da barriga, já que sou extremamente sedentária e não me preparei para uma gravidez, da qual, depois de mais de um ano de tentativa, já tinha desistido. Os últimos dois meses de gravidez e o parto não foram fáceis. Ricardo vai ter uma longa história pra contar quando crescer.
Pânico
Um episódio - além da barriga enorme - me tirou do prumo. Dois meses antes da data de parto, ao me virar na cama de madrugada, deitei de costas e, devido à tremenda falta de ar que estava sentindo, fui assaltada por um pensamento horrível de que aquela seria a posição que eu assumiria durante a cesárea e que eu não seria capaz de respirar. Levantei da cama e comecei a andar desesperadamente pela casa. Fui seguida pelo meu marido, pai da criança. Comecei a chorar e a dizer que não seria capaz de encarar um parto, fosse natural, normal ou cesárea. Como o que entrou tem que sair ( não necessariamente pela mesma "porta" e muito menos tendo o mesmo tamanho), entrei em desespero e, vencida pelo cansaço, depois de duas horas fazendo circulos no chão da sala igual a desenho animado, peguei no sono às 6 da manhã e acordei às 8. Esse pânico me perseguiu até ser dada uma solução: tomar remédio para ansiedade. Assim o fiz e, com ajuda psicológica, segurei as pontas e mudei minha visão sobre a experiência que estava por vir. Passei a focar mais a atenção no meu filho do que no que estava sentindo e a ver todo o processo de um parto em terra estrangeira como um meio e não um fim, que afinal era ter meu filho nos braços.
Tosse
Durante 8 meses da minha gravidez, nem resfriado peguei. Mas...
...no dia 7 de dezembro, exatamente 3 semanas antes da data marcada para o parto, um resfriado me pegou. Esperei uma semana e, em vez de melhorar, virou sinusite. Fui à gineco que disse que, como o parto estava muito próximo, eu teria que tomar antibiótico para me ver livre da infecção. Assim o fiz. Uma semana depois, comecei a ter coceiras infernais na garganta e nariz e por isso começou uma tosse horrivel e continua que não me largava. Três médicos não chegaram a um consenso sobre o que me afligia e na brincadeira acabei tomando um monte de remédios, coisa que não tinha feito até então. No final, no dia 20 de dezembro, o meu Hausarzt (tipo médico de família) achou que o que eu tinha era uma alergia e me receitou uma bombinha com corticóide que pode ser tomada na gravidez. Mas levaria pelo menos 7 dias pra fazer efeito e faltavam 8 dias para o parto.
Natal
Minha sobrinha veio para a Alemanha visitar o noivo e os dois combinaram de passar os dia 24 e 25 aqui em casa. Passei o dia 24 inteirinho sentindo dores horríveis no lado esquerdo e na barriga cada vez que tossia. Minha barriga estava enoooorme (fotos abaixo) e não via a hora de chegar dia 28, mas ao mesmo tempo tinha receio de não me ver livre da tosse e ter que enfrentar a cesárea assim mesmo. Tinha combinado com uma amiga pra ficar com a Lara no dia já que a minha sobrinha não poderia estender a estada dela por aqui até lá.
Crack
No dia 25, acordei por volta das 8h30 mas tive o aval do marido para ficar mais na cama. Só que comecei a tossir e quando tive vontade de espirrar, resolvi sentar na cama para não sentir dor. Foi aí que ouvi um crack vindo do meu lado esquerdo e uma dor absurda que não me deixava mexer nem o braço, nem a perna esquerdos e nem respirar. Fui até a sala chamar o Amanzor e disse o que tinha acontecido. A dor era tão intensa e o medo de ser algo sério com o bebê era tão grande que comecei a chorar, só que doía. O Amanzor achou que eu tivesse rompido um músculo e só dele falar isso, eu chorava mais ainda. Eu pedi pra ele me levar para o hospital, mas tinha nevado e ele iria demorar muito pra tirar a neve do carro. Chamou, então, uma ambulância, que me levou até o hospital onde eu já tinha a cesárea agendada.
O bom foi que tivemos com quem deixar a Lara. A Luciana foi a primeira (e única) pessoa da família a ter o Ricardo nos braços) - obrigada, Lu e Carlos por estarem aqui em um momento tão especial.
No hospital
Fiz o checkup do bebê. Tudo ótimo. Me mandaram para o setor de Medicina Interna (Innere Medizin - nunca tinha ouvido falar nesse termo antes de chegar na Alemanha) . Fui examinada por dois médicos, um deles me perguntou se o barulho que ouvi parecia com uma folha de papel rasgando ou um galho quebrando. Disse que com o segundo. Ele chamou a chefe do setor que me examinou e disse que o diagnóstico dela era costela quebrada, mas que não poderia confirmar com Raio X por causa da gravidez. Me mandaram pro setor obstétrico de novo. Fiquei impressionada de ver como os departamentos se interrelacionam de forma tão rápida e precisa.
Duas possibilidades
Me ofereceram a opção de ficar internada até o dia 28 à base de analgésicos ou fazer a cesárea imediatamente. Optamos pela segunda possibilidade já que eu estava em jejum mesmo. Eram mais ou menos 10h da manhã, veio o anestesista para me explicar o que ele faria devido à costela quebrada: inseriria um catéter de PDA (anestesia peridural) na minha espinha por onde ele controlaria a quantidade de anestésico durante a cirurgia para que eu não sentisse dor até a altura da costela. Esse catéter permaneceria por três a quatro dias, para que eu não sentisse tantas dores. Este procedimento é um passo além do da cesárea ou do parto normal com anestesia. Neste, o cateter é colocado e tão logo o bebê nasce, retirado. Na cesárea, é dada uma injeção no mesmo local do catéter com anestesia suficiente para o tempo do procedimento. Então, eu não teria como fugir da coisa, só que teria que ficar com ela por mais tempo.
Agonia
Eu tenho agonia de injeção, mas quando se está grávida não dá pra fugir. Durante todo o pré-natal você é furada dezenas de vezes. Mas uma injeção na coluna não é pra poucos. Passei a gravidez me lembrando da minha primeira cesárea, que fiz em São Paulo com o médico que me acompanhou durante todo o pré-natal e que também já havia me operado anteriormente. Desta vez, não conhecia ninguém que iria me acompanhar. E os meus planos estavam indo por água abaixo. Começou a bater a agonia tão logo iniciou-se o procedimento da anestesia ali no quarto mesmo. E o médico já foi logo dizendo pro Amanzor que ele só tinha condições de cuidar de dois - de mim e do bebê - e que se o Amanzor fosse fraco pra essas coisas, era melhor se sentar. A dor que senti não deve ser metade da dor de um parto natural, mas vou dizer, ô dorzinha fdp. E depois dessa, veio a colocação da sonda urinária. Mijei de agonia. Mas os olhos do anestesista, que são da mesma cor dos da minha irmã, Ana, mãe da Luciana, me trouxeram uma sensação de família próxima que me acalmou um pouco.(Tá,tá, nessas horas e numa situação dessas a gente se apega ao que dá.)
Abemus Nervus
Eu disse ao anestesista que no meu primeiro parto, após retornar ao quarto, senti uma dor violenta que ía do lado direito do estômago até o pescoço e que essa dor durou 2 dias e que o meu médico no Brasil disse que provavelmente era proveniente da posição do meu braço durante a cirurgia. Ele disse que essa dor é do nervo frênico e que nunca tinha ouvido falar de alguém tê-la sentido durante uma cesárea, só em videolaparoscopia, quando é injetado gás na cavidade abdominal. Mas de qualquer forma ele manteria meu braço livre pra evitar uma possível dor do nervo.
Planos detonados
Para que eu mantivesse a calma, a minha Hebamme fez uma lista do que eu gostaria que fosse feito após o parto: eu gostaria de ficar com o bebê e o marido durante a recuperação da anestesia, tão logo fosse liberada da sala de cirurgia; deveria amamentar o bebê tão logo retornasse para o quarto; não deveria ser dado nenhum alimento para o bebê, exceto o meu leite etc. Foi que eu fui para a cirurgia e estava impressionada com o fato de não ter tido até então nem uma crisezinha de ansiedade, com tudo o que estava acontecendo fora dos meus planos. Estava finalmente pegando o touro pelos chifres e aguentando firme e sem sentir falta de ar!
A hora H
Na minha conta, tinham 9 pessoas na sala de cirurgia: eu, o Amanzor, o anestesista, o assistente do anestesista, o cirurgião, a instrumentadora, duas enfermeiras, uma Hebamme e o Ricardo. Começou o processo de preparação e o primeiro toque do bisturi eu pude sentir. - "Pára, Pára!" - gritou o anestesista. "Espere mais 10 minutos". Ele deve ter aumentado a dose da anestesia e então deram continuidade ao parto. Não senti falta de ar mas sentia a pressão que o cirurgião fazia para retirar o Ricardo, pois ele já estava encaixado para nascer de parto normal. Pronto! Meu filho veio ao mundo! Lindo! Fofo! Saudável! Com os olhinhos pretinhos, pretinhos e uma boquinha pequenininha que só vendo. A Hebamme o levou para uma sala adjacente junto com o Amanzor. Mais uns 40 minutos e eu estaria com eles.
Cabeça nas nuvens
De repente, comecei a me sentir mal. Não conseguia nem falar direito e devo ter dito bem baixinho: - "I am not feeling well". O cirurgião chamou o anestesista, que naquele momento, vim saber depois, estava atendendo o Ricardo, porque ele nasceu sem respirar bem de imediato. Ele veio e eu disse que estava sentindo muito calor, o que naquela sala gelada não estava certo, e que não estava conseguindo respirar e que minhas mãos estavam dormentes. Ele me disse que eu estava com todas as minhas funções vitais normais e que era só impressão minha. Tentei manter a calma e sem querer comecei a adormecer. Alguns minutos depois, o cirurgião me diz que a cirurgia tinha terminado e que houve um imprevisto, pois eu tinha uma aderência da última cesárea e que eu havia perdido mais sangue do que o esperado., mas que ele havia resolvido o problema. Falou tudo isso, então, pra que? Só pra me deixar nervosa?
Fui levada para uma sala com o auxiliar do anestesista e fiquei por ali por umas duas horas, completamente dormente até o pescoço. Como nada mudou nesse tempo, fui levada para a UTI onde fiquei por mais três horas esperando a anestesia passar. Foram cinco horas longe do meu filho, com mil e uma coisas passando pela minha cabeça. Os planos que fiz com a Hebamme também foram pro ralo. Depooois, fiquei sabendo que recebi uma dose de anestesia maior do que a convencional para uma cesárea para poder atingir a costela, como o anestesista não sabia a quantidade adequada para "parar" na altura da costela, ela foi maior e foi "subindo", daí a sensação de estar anestesiada até o pescoço e com falta de ar, coisa que eu estava morrendo de medo de sentir em uma cesárea "normal".
Abemus nervus 2
Não teve jeito, tive o mesmo problema da gravidez da Lara e dessa vez nada foi feito para eu não sentir a dor. Tive que aguentar por dois dias, até a dor desaparecer por si só. E vou dizer, que dor miserável.
Quarto familiar
O normal aqui é ficar em um quarto duplo com uma outra paciente ou em um quarto individual. Mas optamos por um family room para não ter ninguém estranho junto. Na primeira noite o Amanzor ficou comigo porque a minha sobrinha ficou com a Lara em casa. Na segunda noite, o Amanzor perguntou para uma enfermeira se a Lara poderia dormir no quarto junto com a gente e ela disse que era expressamente proibido por questões de segurança. Eu tive que ficar sozinha e foi horrivel pois eu não conseguia me mexer e sentia muita dor mais ainda por causa da tosse que não me largava. Na segunda noite, o Amanzor perguntou de novo para uma outra enfermeira se a Lara poderia ficar e ela disse que não tinha problema nenhum. Nada como ter um marido persistente. Naquela noite, percebemos que tinham umas três outras crianças dormindo lá também. Pra Lara foi melhor que estar em um hotel, pois, além da TV só pra ela , tinha uma cama que mexia pra cima e pra baixo.
Experiencia diferente
Ficamos no hospital por 6 dias até o dia 30 de dezembro, o que é um prazo normal para uma cesárea. Acho que nunca tomei tanto remédio diferente em tão pouco tempo. Cada vez que eu dizia que ainda estava com dor, me traziam um remédio diferente pra tomar de forma diferente: líquido, sólido, por injeção, por infusão, por ingestão, supositório. Por estar ligada ao aparelho da anestesia, meu corpinho só foi ver água três dias depois do parto. Eu mesma já não aguentava mais ficar ao meu lado. e o bebê saiu do hospital sem saber o que é uma banheira. A comida não era tão ruim mas também não era excelente. No jantar, o famoso "Abendbrot" - pão da noite - nada de duas refeições quentes. O ruim era que era sempre a mesma coisa: pão, frios, manteiga e chá. O Amanzor teve que levar leite de casa para eu dormir com o meu leitinho noturno. O café da manhã pra mim era no quarto e a seleção era limitada. A partir do terceiro dia, quando eu já podia caminhar, fui buscar o meu café no buffet, e aí já foi melhor. O engraçado é que é tudo aberto e sem controle. As visitas entram e saem a hora que querem, não tem controle na porta do hospital e nem no departamento. No Kinderzimmer - que é onde os bebês ficam, teve dia (e noite) que tinham 19 bebês pra só uma enfermeira cuidar e qualquer pessoa entrava lá. Ninguém fala sobre abdução de bebês. De qualquer forma, fiquei de olho e não desgrudei do meu. Por ser época de festas, a rotatividade de pessoal estava alta e cada vez era um que entrava no quarto. Então toda atenção era pouca.
Gansekeule, knödel und Apfelmuss. Coxa de ganso, Knödel é Knödel mesmo e purê de maçã. E a Lara dando um guento.
E a tosse continua
Tive a visita do médico-chefe da seção de Pneumologia, fiz raio X para constatar a costela quebrada e pra ver se tinha problemas no pulmão, tive que fazer prova de função pulmonar, mas não deu certo porque tossia demais e nenhum remédio resolvia minha tosse. No final das contas, o médico pneumologista considerou que o que eu tinha era uma "hiperreação" (Überreaktivität - acho que é isso) do organismo à uma infecção que não existia mais. Por isso, eu continuava a tossir. A solução encontrada foi dar o mesmo remédio que o meu médico havia receitado e que não daria resultado imediato de qualquer forma. Eles também receitaram um remédio para cortar a tosse durante a noite, chamado Codeína, que era contra indicado para lactantes, mas considerando-se o custo benefício, valeria a pena. Só que eu tenho quase certeza que a enfermeira se embananou e me deu a dose errada e eu fiquei drogada. Eu acho que em vez de ela me dar 4 gotas em um pouco de água, ela me deu 4 ml do produto puro (deduzo pela cor do produto que me foi dado) e eu naquela noite não habitei meu corpo de tão zureta que fiquei depois que acordei, porque aquilo foi uma marretada na minha cabeça e foi bem na noite que o Amanzor não dormiu no hospital. E mais uma: devido à perda de sangue, tive uma anemia moderada e precisei, como se já não bastasse, tomar ferro até hoje.
Tivemos uns arranca rabos com umas enfermeiras, outras foram super doces e tinha uma da noite que era uma figura e super engraçada.
Tivemos uns arranca rabos com umas enfermeiras, outras foram super doces e tinha uma da noite que era uma figura e super engraçada.
Toda essa experiência me fez ver que planejar é importante, mas temos que estar preparados para as eventualidades, temos que sofrer menos com o inesperado, não tentar controlar o que está fora do nosso controle e principalmente confiar mais no outro que tem o controle da situação. Pra quem tem necessidade de controlar tudo e principalmente se autocontrolar não é uma tarefa fácil se entregar ao andar da carruagem. No final das contas, voltei para casa (não tão) sã e salva e, o melhor, com um objetivo alcançado: filho saudável nos braços, uma família maior, um papai que não se cabia, uma mamãe cansada mas feliz e uma irmãzinha orgulhosa. E conto tudo isso hoje, quando Ricardo completa dois meses de vida. Parabéns, meu filho!
Se você leu até aqui, obrigada e não deixe de deixar um comentário.
Thank goodness for Google Translate!
ResponderExcluirWhat an ordeal! I've been waiting for this post. Hope by now everyone is healed and you are enjoying being a family of 4.
Congratulations again!
Arlete, foi mesmo uma aventura e devo confessar que depois de ler, estou me sentindo também com uma falta de ar danada. rs Apesar dos pesares, que bom que tudo correu bem e o Ricardo chegou com saúde e veio completar a alegria de voces. No fim é só o que importa e os problemas a gente esquece com o tempo.
ResponderExcluirBeijos
Eu li! Olha, já passei poucas e boas em hospitais aqui na Alemanha, em decorrência de complicações ultra inesperadas do pós parto da Ju. Mas sobrevivi e tento vencer meus medos pensando que apesar dos pesares, no final tudo deu certo. Agora estou quase parindo a segunda, e aprendi sim algumas coisas, mudei de hospital, enfim, estou tentando aprender com a experiência e espero não ter surpresas desagradáveis, pelo menos acho que minha cota já bastou na primeira vez. Bj
ResponderExcluirConfesso que me apavorei.Espero nunca ter que parir na Alemanha.Mas que bom que você e seu bebê estão bem.Desejo saúde para ambos.
ResponderExcluirJill, darling, you managed to read the post! I hope my ordeal is over, from now on it is just happiness! With some hard work once in a while ;)
ResponderExcluirLiza, não vai somatizar a minha experiencia, hein! hahaha Mas fique de olho nas costelas!
Raiza, o meu maior problema foi a tosse e a costela quebrada. E isso poderia acontecer em qualquer lugar. Aqui tem coisas boas também. Ter a Hebamme pra me acompanhar é uma delas.
Ma, a gente passa por cada uma, não. Tudo bem que hospital não é hotel cinco estrelas e estamos lá por uma questão de saúde, mas as vezes saimos de la doentes de raiva.
Beijos pra todas.
Nossa que maratona foi o seu parto hein! parabens pela sua forca (com cedilha) após tudo isso que te aconteceu! que bom que deu tudo certo!
ResponderExcluirUma pergunta: eu sei que aqui na alemanha eles fazem de tudo para que o parto seja normal. qual foi o motivo que eles optaram por fazer uma cesárea?
Olá, Ingrid, a questão de fazerem de tudo pra voce ter parto normal é mito. Eles sugerem, argumentam, mas a decisão é sua. No meu caso, eu já tinha tido uma cesárea, tenho 42 anos e estava em um tratamento para ansiedade. Então, eles simplesmente informaram que é possível ter um filho de parto normal após uma cesárea, mas, devido a minha idade, aceitaram a minha decisão sem contra argumentos. Ah, uma coisa que eles me ofereceram foi fazer a esterilização durante a cirurgia, tambem devido a minha idade. Mas como eu tenho que tomar anticoncepcional de qualquer jeito para evitar que a endometriose volte, não quis.
ResponderExcluirFoi mesmo uma aventura. e ver você bonita e feliz nas fotos, com também uma família linda, faz a gente entender um pouquinho como funciona a maternidade e todas as emoções que a envolvem.
ResponderExcluirCom problemas ou sem problemas, o que importa é que vcs estão assim, juntos.
E o Ricardo tem uma irmã linda, viu?
Parabéns!
Nossa Arlete, agora q eu entendi tudo!! Nao Tinha entendido a estoria da costela na época. Que impressionante tudo q vc passou. Mas adorei como vc escreveu, tenho certeza q muita revista ia gostar de publicar essa sua estória. Adorei ler! E saber q está tudo bem com todos voces. O primo tem muita sorte!!!! Um grande beijo a todos!!
ResponderExcluirArlete
ResponderExcluirSua família é linda, saudável e com certeza, mais unida do que nunca depois de todos esses eventos.
Para a Lara esta será uma aventura inesquecível.
Parabéns pro Amanzor e para você, que superou medos, ansiedades e "só" tem a coisinha mais especial nos braços para se dedicar.
Beijinhos saudosos
Aninha, quase te liguei ontem, mas depois me embolei cuidando do bebê. Vou tentar te ligar hoje.
ResponderExcluirLu, obrigada, pena que seu primo não le meu blog hahaha.
Ai Arlete, que história linda, com filhotinho saudável e final feliz!! e isso é o que importa! e que a família continue sempre muito feliz, completa e unida!
ResponderExcluirbeijos pra voces e muita saúde e leite pro Ricardo,
Cyntia.
Oi Arlete, faz algum tempo que ensaio para escrever um comentário, mas a partir de hoje não posso mais adiar.
ResponderExcluirAchei perfeito sua colocação sobre a ansiedade e "mania de controle". Deve ter sido uma situação de pânico! Sofro pelo mesmo problema e não é nada fácil. Fiquei feliz que todo esse aperto teve um final feliz, seu filho saudável...
Uma amiga nossa chegou ao seu blog quando veio a nossa. Acho que ela já lhe escreveu, o nome dela é Day.
Gosto muito do seu blog.
Abraços,
Tati
Jisuis! 2010, Uma Odisséia no Hospital e um Filho no Espaço (extra-uterino).
ResponderExcluirAinda bem que tudo acabou bem e agora você vai poder relembrar as emoções de passar noites em claro, hehe. Aliás, como é que mando um destes para você!
Beijo do Zarastro, e parabéns a você e à família pelo bebê.
Eve, não se deixe enganar pelas fotos, to so o bagaço hahaha.
ResponderExcluirTati, que bom que voce comentou. Eu, aliás, sofro de panico desde os 19 anos, com idas e vindas, altos e baixos. Mas fazia tempo que não tinha nenhuma crise, por isso encarei uma gravidez. Mas aí, deu. E ainda bem que me levantei rapido. Tive, né? Afinal, tem um bonequinho que depende de mim e outra bonecona tambem.
Zarastro, adorei a sugestão do livro. Eu tenho um crédito na Amazon.com já faz mais de 1 ano. Vou comprar a série toda.
Beijos
Arlete, socorro! ME deu pânico só de ler! Que bom que o Ricardo veio saudável ao mundo e você já está bem.
ResponderExcluirMil beijossss
Menina, que história desse parto, ainda bem que agora tudo está em plena paz curtindo seus lindos filhos na sua casa, com seu marido e com seus amigos que mesmo longe torcem por vcs. Realmente, sofremos antecipadamente por programar o não programável mas na hora "H" acontece o que tem que acontecer e temos que confiar nque tudo é sempre pro nosso melhor. Parabéns por ter passado por essa aventura e estar aí, recompensada por todo o amor do Ricardo e da Lara. Tudo de Ótimo pra vcs!
ResponderExcluirParabéns, e que vitória!
ResponderExcluirAr..Ar.. Arlete, tudo bem?!!
ResponderExcluirRespiradas com adrenalina na leitura do seu relato, ótimo!!
Muito tempo sem comentar aqui, pois até pós virada do ano vinha visitando seu blog, nada de novidades sobre o baby, confesso senti uma certa estranheza, mas sempre tive pensamentos que situações difíceis tinha acontecido mas bem trilhadas por ti, acredito que tive este pensamento positivo, pois sua escrita sempre transpareceu muita raça e força de viver. Mais uma fez confirmei isto hoje, quando voltando de fevereiro e inicio de março com agenda cheia, pude ler este seu relato e admirar ainda mais você e minha mãe também, que teve 3 partos naturais (antes dos 27 anos), é o mais surpreendente, ao sair comigo no colo ela disse ao povo do hospital: "ano que vem estou aqui de novo".. Ai nasceu meu irmão o Leo, que hj é gineco e logo estará recebendo este link, depois te conto... Ah quanto ao conviver com imprevistos, faz parte da natureza: que encaro como sábia, mas também implacável em poucos momentos, torço que sua costela esteja sem dor.. Bjs e abraços a vocês quatro!!
PS: Obrigado pelas fotos deste post, principalmente a da família juntinha, grande estimulo para viver mais intensamente e presente!!!
Oi, Gui, quanto tempo! Estas atarefado? Adorei o Ar, Ar, Arlete!!!
ResponderExcluirPois é, a gente não valoriza o que a nossa mãe passou por nós. Te digo que nove meses no ventre e o parto e depois os primeiros meses e depois os proximos 18 anos cuidando de um filho não é fácil. Pena que a gente não reconhece. E eu admiro imensamente mulheres que tiveram filhos e mais ainda de parto natural!!! como minha mae e sogra.
Que bom que meu blog fez voce pensar em sua mae tambem.
Beijos e apareça mais vezes.
parabéns
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