O Zarastro, amigo aqui do blog, indicou um livro chamado "Baby Blues". É uma série de tiras que giram em torno do tema "ter filhos". Eu me mijo de rir só de ler os títulos.
Alguns deles:
I thought labor ended when the baby was born
We are experiencing parental difficulties... please stand by.
Night of the living dad
I saw Elvis in my ultrasound (esse eu amei)
If I am a stay-at-home mom, why am I always in the car?
Motherhood is not for wimps.
Ambushed! In the family room
We were here first!
Driving under the influence of children
One more and we're outnumbered!
Comprei uns quatro "Treasuries" e o livro passou a ser meu companheiro nas poucas horas em que estou sozinha no trono. É impressionante como as experiências com filhos pequenos só mudam de endereço e de personagens. E as coincidências são de cair o queixo, como já mencionei neste post aqui.
É bom saber que não estamos sozinhos nessa árdua e incerta tarefa de educar filhos, que nos reserva sempre surpresas, boas risadas, orgulho de ter posto essas gracinhas no mundo e desespero quando pensamos de onde saiu aquele comportamento inadequado, que na maioria das vezes vem dos nossos próprios exemplos.
Criar filhos não é fácil, mas tê-los e reconfortante.
Relatos, crônicas e divagações sobre a vida na cidade de Bonn, Alemanha e, desde julho de 2013, também sobre a vida em Curitiba.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
domingo, 14 de agosto de 2011
Megalomancia - blowing your own trumpet
Desde que conheci uma determinada pessoa tão logo cheguei aqui na Alemanha, fico pensando em como um comportamento social pode ser sinal de uma doença mental grave e irritante.
Em uma conversa, independente do tópico em voga, essa pessoa nunca é capaz de contribuir com o conteúdo e sempre toma (ou tenta tomar) toda e qualquer atenção para si, falando do que tem e do que teve, das pessoas ricas e famosas que conhece (muitas delas, corruptos de uma determinada região do nosso país), das viagens que fez e que vai fazer e vive se gabando de tudo que acha que conhece, menosprezando qualquer coisa que você diga, conheça, tenha ou faça. Todo embate social é uma chance de auto-promoção. O seu repertório é sempre o mesmo e, uma boa parte, remonta ao seu passado, mas não ao passado que revela sua verdadeira origem. Se se sente contrariada, ou com menos informação em temas dos quais se diz expert, parte para o ataque pessoal, ofende.
É a "Megalomancia" (cunho próprio), a síndrome da melancia no pescoço, uma megalomania somada a exibicionismo, superficialidade, vaidade exacerbada e falta de espelho em casa. A dita cuja não é capaz de perceber que a sua imagem real não bate com tudo que ela fala de si ou faz; vive falando dos apartamentos e empregadas, babás e mucamas que teve no Brasil, mas aqui vive de aluguel, lava, passa, cozinha; anda com roupas que mal servem, com furos e faltando botão, ao mesmo tempo em que fala dos supostos vestidos de grife que tem em seu guardaroupas; vomita uma lista de hotéis cinco estrelas onde fica quando viaja e entope seu armário com tudo que é amostra grátis que pega desses hotéis. É mesquinha, gosta de dar o preço das coisas e vive contando os centavos; menospreza os que tem conhecimento, formação acadêmica e interesses em coisas menos materiais e dá tanta importância a quem tem dinheiro, dizendo que os únicos pobres que conhece são os que limpam suas privadas, que não percebe que os verdadeiros carentes são os pobres de espírito.
Fico com raiva de mim mesma por remoer suas ofensas diretas ao dizer o quanto ela é melhor que eu e por gastar meu tempo desabafando em meu blog. Infelizmente, eu não sei bater de frente com esse tipo de pessoa, que é capaz de aumentar a voz e partir pra agressividade verbal, se contrariada. Esse tipo de pessoa é bem descrita no texto abaixo, do meu amigo Marco Mello, que dá uma dica importante pra se preservar desse tipo de pessoa: manter uma distância protocolar. No fundo, acho que ainda não deu meu desprezo completo porque o que sinto por ela é dó.
Quem a conhece e ler este texto, saberá que estou falando dela. Mas não tenho receio que ela mesma leia, pois é incapaz de lidar com qualquer coisa que tenha mais de um botão para apertar, além do seu próprio fogão, secador de cabelo e ferro de passar roupa. Pronto falei.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Lembranças da Metô
Não há o que dizer contra a capacidade da internet reunir pessoas que não se viam há anos. Não fosse ela, o programa do Gugu ou uma trombada na rua, talvez elas nunca mais se veriam na vida. Graças à internet, recuperei o contato com colegas da Metodista, onde fizemos o curso de Jornalismo e quem não via há 20 anos. Descobri que muitos deles, assim como eu, abriram mão da profissão, outros estão firmes e fortes na carreira. Muitos formaram família, se multiplicaram, se bastam e até já se foram. Naquela época, nossas matérias e reportagens eram escritas em máquinas de datilografar Olivetti, em uma sala que nem tinha máquina pra todo mundo, quem tinha perna pra subir as escadarias mais rápido, ganhava a corrida pra sentar primeiro. Era época de se receber notícias internacionais através de Telex e toda diagramação de jornal era feita com lápis, régua, borracha e contagem de picas (leia-se paicas, por favor). Celular? Só no filme "Jornada nas Estrelas". E computador, só aqueles com telas verdes e letras neon. Aliás, duas vezes por semana, no último semestre, tivemos aula de "vídeotexto".
Em 20 anos, muita coisa mudou, rede de relacionamento naquela época era um na casa do outro, com a cara nos livros. Hoje, tá (quase) todo mundo com a cara no Facebook. Foto digital? Só aquela com a digital no negativo antes de tê-lo esperado secar. Eu, pra ter minha mensalidade reduzida, trabalhei dois semestres com o professor Otávio, de Fotojornalismo, responsável pelo laboratório fotográfico e que sabia que eu morria de medo de escuro e vivia me mandando fechar a câmara escura no final das aulas pra me dar susto. As fotos abaixo são daquela época de acesso fácil para revelar as fotografias - corrigidas no olhômetro, com tentativas de exposição correta e tempo certo nos produtos químicos pra não gastar papel. Gostava de registrar o nosso dia a dia e ter não só na memória o rosto dos colegas. Pena que não de todos.
Então, fica abaixo um pedacinho daquele tempo em fotos analógicas cujos negativos encontrei nas minhas coisas de faculdade que, a contragosto de minha mãe, ainda estão guardadas em sua casa. Nas fotos, pessoas queridas com quem tive contato diário por 4 anos. Muitos, amigos mesmo, de contar segredo e dividir tristezas e alegrias, outros, somente colegas de quem nem me lembro o nome. Aliás, por favor, quem puder, refresque minha memória. E se tiverem fotos daquela época, me mandem.
Jane Cruz, Débora Sesti, Rita de Cassia Machado (amiga fofa), Bicão, Rita Mazzuchini, Arlete e ? |
?, Cátia, ? Cássia Pinho, ?
Jane Cruz, Marco Mello (amigão querido), Rita de Cássia Machado
Danilo Hallak, ?, Cejana Montelo, Jair?, Carlos Fernando Moura (o querido Alemão) e eu
Marcelo Hargreaves, Rita de Cassia Mazzuchini, Renata Rebesco, Jane, Alexandre Pereira, Luiz Allan
Marcelo Nascimento (amigão)
Sala com todos os recursos disponíveis atualmente (ui)
Fabio Almeida, Ana Paula Locoselli, Silvia Prevideli
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
A rolling stone gathers no moss
Como Hammie, das viciantes tiras "Baby Blues", Ricardo não engatinha, ele rola. Sai rolando pra chegar onde quer e acaba se metendo em cada lugar de onde só sai com ajuda, mas não antes de ter umas fotos tiradas.
A vida é assim: desde cedo aprendendo que nada vem fácil, que vai ter sempre alguém pra tirar um sarro das suas dificuldades, mas que também vai ter uma mão santa pra te tirar delas; e, principalmente, que quem fica parado é poste e que pedra que rola não cria limo.
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A vida é assim: desde cedo aprendendo que nada vem fácil, que vai ter sempre alguém pra tirar um sarro das suas dificuldades, mas que também vai ter uma mão santa pra te tirar delas; e, principalmente, que quem fica parado é poste e que pedra que rola não cria limo.
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Verão Bonn...
Fomos para o Brasil em maio e retornamos em meados de junho. Passamos um frio desgraçado em Curitiba e São Paulo e quando chegamos em casa, o final de primavera, comecinho de verão se parecia mais com outono. Nos disseram que os dias em que não estávamos aqui, foram dias de calor intenso. Desde então, mesmo em alta estação, só temos tido um diazinho aqui outro acolá de sol e calor, os outros são dias cinzentos e chuvosos e muitas vezes frios.
Desde outubro do ano passado, portanto, não vejo dias seguidos de sol. Estou criando mofo, minhas juntas estão enferrujando e minha pele está tão branquela que se forçar a vista dá pra ver o sangue correndo nas veias. Pra ajudar, cruzei com meu vizinho alemão, a quem já vi usando somente camisa polo no inverno, reclamando do calor, enquanto eu estava de blusa de lã. O verão daqui já é tão curto, ter um com cara de outono é sacanagem.
Pra ver que nem tudo está perdido, já escrevi sobre o tempo bom de outros verões, então, o negócio é esperar o próximo ou ir atrás de onde o sol está.
Desde outubro do ano passado, portanto, não vejo dias seguidos de sol. Estou criando mofo, minhas juntas estão enferrujando e minha pele está tão branquela que se forçar a vista dá pra ver o sangue correndo nas veias. Pra ajudar, cruzei com meu vizinho alemão, a quem já vi usando somente camisa polo no inverno, reclamando do calor, enquanto eu estava de blusa de lã. O verão daqui já é tão curto, ter um com cara de outono é sacanagem.
Pra ver que nem tudo está perdido, já escrevi sobre o tempo bom de outros verões, então, o negócio é esperar o próximo ou ir atrás de onde o sol está.
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