sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Festa de Final de Ano em Familia

Natal e Ano Novo com a família no Brasil.
Saúde pra todos e até o ano que vem.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Decisão 3 - Pode ser que o barco vire, também pode ser que não

Depois de muita conversa e engolidas de sapo, está decidido: ficaremos por aqui até junho de 2010. O contrato de expatriado do Amanzor foi encurtado por questões legais e foi-lhe proposto um contrato local por tempo indefinido mas com um salaaaaário...que, claro, não aceitamos. Quando viram que não temos receio nenhum de voltar ao Brasil, apesar de querermos ficar por aqui mais tempo, resolveram ceder e, então, ficaremos mais 6 meses por estes lados. Bonn é vício, é intoxicação, é paixão, mas se nada melhor pintar até junho, estamos voltando pra casa outra vez.


Shit happens

Ontem, eu estava arrumando as malas para irmos para o Brasil sábado que vem e a Dona Lara encontrou as chavezinhas da mala e ficou brincando com elas. Depois, fui colocar as louças na máquina de lavar e vi que a Lara saiu correndo para o quarto. Eu achei que ela fosse acordar o pai, que ainda estava dormindo (não, ele não é folgado. Ainda eram 8h30 da manhã, eu e a Lara que acordamos cedo mesmo). Gritei para que ela não fizesse isso e ela veio correndo e chorando e dizendo que tinha machucado o dedo na tomada. "Qual tomada", perguntei. "Da cozinha", respondeu. Eu nem tinha percebido que ela estava na cozinha comigo e não entendi porque ela saiu correndo. Chequei se ela estava bem e, ainda atordoada, ela foi me mostrar onde tinha se machucado. Quando cheguei na cozinha, vi que as duas chaves da mala estavam cada uma em um buraquinho da tomada.  O susto que ela levou foi maior que o choque, por isso ela saiu correndo, quieta. E devido aos meus gritos, o Amanzor deu um pulo da cama pra ver o que estava acontecendo e, claro, foi ele quem tirou as chaves da tomada, porque eu sou uma pata pra essas coisas técnicas.
NUNCA, em seus 4 anos e meio de vida,  a Lara fez algo parecido, ainda mais a meio metro de distância das minhas costas, sem que eu percebesse.  E quem acabou em estado de choque fui eu, primeiro por não ter percebido o que ela estava fazendo nas minhas costas e depois por ter atinado que a coisa poderia ter sido pior. Todo o cuidado é pouco com criança.  Não quero nem ver o que ela vai fazer nas minhas costas quando chegar a adolescência.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Decisão 2 - Pedido de Natal

Cartas na mesa
Sorte lançada
Efeito surpresa
Tudo ou nada
Reuniões, muitas
Portas fechadas
Decisão só na segunda
Será reis de ouro
ou dois de paus na "blusa"?
Com o coração na boca
Grito ao Nikolaus
Socorro!
Em bom e sonoro tom
Eu não fiz nada de mal
No ano que se passou
E espero pros próximos
Ansiosa
Tudo de Bonn.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Sankt Nikolaus - meu pedido de Natal


No Brasil, o dia de se ganhar presente do Papai Noel é o dia de Natal. Aqui e em outros países da Europa, ganha-se a visita e presentes do "Papai Noel" no dia seis de dezembro. Este é o dia de Sankt Nikolaus e é ele que vem sorrateiramente - ou em carne e osso - deixar um presente no pé de meia de quem foi bonzinho o ano inteiro ou punir os que não foram - algo que raramente acontece, é claro, mas que funciona horrores para os pais conseguirem controlar as crianças no próximo ano.

Como funiciona o esquema

Alguns pais se reunem e contratam um bom velhinho. Assim, não existe o risco das crianças reconhecerem o pai de ninguém debaixo da barba branca. Dias antes, os pais pedem que as crianças escrevam uma carta para o Nikolaus pedindo o que eles querem e deixando claro que  ele está vendo tudo e só dará o presente se eles forem bonzinhos ( a mágica do controle já começa ai).
Os pais fazem uma lista dos pontos positivos e negativos da criança, sem que a dita cuja veja, e entrega para o cara. E então existe toda aquela encenação mágica do velhinho tocando o sino e entrando na casa. Debaixo do braço ele traz a lista dos pontos positivos e negativos, o saco de presentes e uma varinha pra punir os que não foram bonzinhos. As crianças precisam cantar ou contar alguma estória para o Nikolaus. Ele chama uma por uma e conversa com a criança, elogiando os bons atos e conversando carinhosamente sobre os ruins. E dá o presente. Precisa ver a cara da criança quando ela pensa que Sankt Nikolaus sabe tudo o que ela fez de bom e ruim e dá o presente que ela pediu. É fantástico!



Visita de Nikolaus na casa da amiguinha da Lara

Sankt Nikolaus X Weinachtsmann (Papai Noel)

Na época de Natal, existe a figura do homem vestido de vermelho com longas barbas brancas que viaja de trenó puxado por renas e faz Ho,Ho,Ho. Este não é o Nikolaus, apesar de se fazer uma confusão grande entre as duas figuras. Nikolaus foi um bispo que virou santo. Ou seja, ele realmente existiu. Enquanto que Papai Noel ou Weinachtsmann é uma figura inventada. Há até campanhas para desvincular a imagem do bom velhinho da celebração do dia de Sankt Nikolaus, mas os meios de comunicação são mais fortes em unir as duas imagens e deturpar as tradições e então, hoje, para as crianças é tudo a mesma coisa. No dia de Natal, aqui na Alemanha, quem também vem trazer os presentes é o Menino Jesus, Christkindl.

Meu pedido

Coloquei todos os meu pés de meia e também meu sapatinho na janela do quintal, com a esperança de que, mesmo com os meus famosos pés frios, Sankt Nikolaus ou Weinachtsmann ou Papai Noel ou Santa Claus ou Pai Natal (whatever) me dê de presente os próximos anos com tudo de Bonn que tivemos nestes últimos quatro anos vivendo neste lado do mundo. E sendo assim, eu prometo que, no ano que vem e enquanto eu viver, vou ser boazinha.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Novas intituições filantrópicas 2

GAC - Grupo de Amigos da Crianca / Kinderhorizonte.  Grupo de Belo Horizonte apoiado pela blogueira Sandra Santos do Mineirinha na Alemanha. Leia um pouquinho sobre o projeto aqui

Eine Onssa mit kurzen Varen kutukieren


Uma querida amiga minha, baiana da gema, me permitiu escrever este post contando um  dos vários causos dela envolvendo a família do marido alemão. Sábado passado, lá foi ela com os dois filhos passar o final de semana na casa dos sogros. O marido, que é policial, chegou tarde da noite e saiu cedinho, pois foi chamado para dar plantão - dois bandidaços haviam fugido da cadeia com a ajuda do carcereiro (acha que isso só acontece no Brasil?).
No café da manhã, família reunida - ela, filhos, sogro, sogra, cunhada, cunhado com mulher e filho - começa a conversar sobre assuntos diversos e surge o tópico zoológico. Qual o melhor zoológico aqui das redondezas, Köln ou Neuwied? Conversa vai, conversa vem, o cunhado, que acha engraçado ser sarcástico e mal educado e que adora sacanear a brasileira, pergunta se tem zoológico no Brasil. Cansada de aguentar tanta cutucada dele toda vez que se encontram, ela diz que não, que os animais andam soltos na rua.
A sogra toma as dores do filho e diz que a pergunta é verdadeira, não é sacanagem. Educadamente, ela diz que eles deveriam, quando tiverem a oportunidade, ir visitar o Brasil porque é um país imenso com muitas metrópoles e com muitos zoológicos também e muita coisa pra se ver. E que os sogros, que já estiveram na Bahia, não poderiam dizer que conhecem  o Brasil mas sim que colocaram o pé em terras brasileiras.
Insatisfeito por não tê-la tirado do sério, o cunhado diz que a única coisa que sabem do Brasil é que só tem mulher pelada, favela e tiroteio. E a cunhada, na tentativa de defender a mãe e o irmão, complementa  a lista com corrupção, carnaval e samba.
E nesta hora, então, alguns alemães, sentados à mesa do café da manhã de domingo numa vilazinha da Alemanha, aprenderam o sentido da expressão brasileiríssima: "cutucar onça com vara curta".
Sem aumentar o tom de voz, minha amiga retribuiu a cutucada de ferida dizendo:
"Quando eu era adolescente, eu também tinha a idéia que alemão é um bando de homem com calção de couro segurando um caneco de cerveja em uma mão e saudando "Heil, Hitler" com a outra. Pensava que todos os alemães, nazistas que eram, não gostassem de preto e eu, se pusesse os pés aqui, preta que sou, iria acabar morta. Bastou um pouco mais de informação e ter vindo pra cá pra ver que nem tudo e nem todos são assim".  O único som depois disso foi o sogro dizendo "Ops".
Se eles aprenderam a lição, eles não mais cutucarão a minha amiga. Se assim o fizerem, vão acabar  por aprender o sentido da expressão "rodar a baiana" e vai ser bem feito pra eles.

PS: Neste mesmo dia, a vizinha da sogra dela achou que estava fazendo um elogio dizendo que ela não está mais tão escura quanto quando chegou aqui. É mole?

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