domingo, 28 de fevereiro de 2010

Geyser em Andernach

Até agosto do ano passado, eu não tinha a mínima idéia que aqui pertinho de casa, numa cidadezinha chamada Andernach, na beira do Reno, existia o maior Geyser de Água Fria do Mundo!!!
A erupção de um Geyser de Água Fria pode ser comparada com o que acontece quando abrimos uma garrafa de água mineral com gás depois de tê-la chacoalhado. Desde que se mantenha a garrafa fechada, a pressão dentro é maior que a pressão fora. Devido a esta sobrepressão, uma grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) se mantém na solução. Quando abrimos a garrafa, a pressão é liberada, bolhas de CO2 se formam e se expandem e o resultado é um jato d´água, fazendo uma senhora de uma molhação. 
O CO2 do Geyser de Andernach vem de uma camada de magma de uma área vulcânica relativamente jovem na região do rio Eifel (região linda, por sinal). Aliás, toda esta região onde moramos é de formação vulcânica, com muitas termas, fontes e muitas empresas produtoras de água mineral com gaseificação natural. Por isso, existem tantas cidades que começam com o nome "Bad", como Bad Godesberg, Bad Neunahr, Bad Honnef, Bad, Bad, Bad,  que oferecem muitos Spas e piscinas termais. A palavra quer dizer "banho" em alemão, mas os falantes de língua inglesa insistem em pronunciar essa palavra como o "bad" = mal/ruim do inglês, o que soa engraçado.
Como forma de incrementar o turismo em Andernach, criou-se um centro interativo e de descoberta, onde se aprende como um Geyser de água fria funciona. É super interessante para adultos e crianças. Depois que visitamos o centro, pegamos um barco rio abaixo por cinco minutos até a ilha onde fica o Geyser. Vimos o bichinho subir e descer e depois retornamos para dar um passeio na cidade, pois estava acontecendo uma Feira Medieval, evento constante por estas bandas. Depois do evento, demos uma voltinha pela cidade onde a Lara se divertiu com as fontes de água. E então, voltamos pra casa. Ótimo passeio de verão.
Se quiser saber mais sobre o Geyser, clique aqui.

Troca de Casas

Achei este site de trocas de casas interessantíssimo. Viaje pelo mundo inteiro sem pagar estadia, gastando só 35 libras por ano para registro no site).Guardian home exchange

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Miss Tu

Miss Creva
Miss Cute
Miss Pante
Miss Mere
Miss Tude
Miss Pume
Miss Ecke
Miss Cabele
Miss Kove
Miss Prema
Miss Tique
Miss Palhe
Miss Sinta
Miss Ceie
E aí
Miss Pere
Que eu volto já

Miss Tranhe
Miss Torve
Miss Tresse
Miss Crache
Miss Gane
Miss Calde
Miss Fole
Miss Pank
Miss Sove
Miss Sangre
Miss Tripe
Miss Cegue
Miss Tupre
Miss Ploda
E aí
Miss Kessa
Que eu não vou voltar

Peraí
Miss Pete
Que eu tô sonhando
Vem cá
Miss Kent
Que tá esfriando.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Os ossos adoráveis do ofício de dona-de-casa

Eu não falo sempre sobre filmes aqui no blog, mas como assisti ao filme "The Lovely Bones" enquanto passava roupa, acabei analisando duas personagens do filme - a mãe da menina assassinada e a avó, interpretada por Susan Sarandinha - sob a ótica de dona-de-casa, que foi o topicuzinho de um post recente. Algum tempo depois que a menina desaparece, o pai acha que a mãe não está lidando muito bem com a perda e chama a sogra perua pra assumir o fogão, digo a situação. Ela é uma mulher muito bonita, bem arrumada, fumante e beberrona e que não entende bulhufas de cuidar de uma casa quanto mais de uma família que acabou de passar por um trauma tão grande. Ao mesmo tempo, ou alguns meses depois, a mãe da falecida, que vaga entre o céu e a terra (a falecida, não a mãe. Aliás, viajaram no creme fraiche, na minha opinião), não aguenta a obsessão do pai em tentar achar o assassino da menina e foge da situação, indo colher maçãs e deixando a batata quente na mão da sua mãe ( que fica morando com os netos e o genro, ui). Próximo ao final do filme, a mãe volta pra casa e é recebida por todos de braços abertos e a  sua mãe, outrora perua, virou uma típica dona-de-casa descabelada, sem maquiagem, ou seja, jogou a vaidade na fogueira. Conclusão que eu tirei do filme: uma das mulheres pegou o bull by the horns e a outra saiu correndo dele; o efeito que o trabalho de casa pode ter em uma dondoca pode ser devastador; e o filme é uma bostcha.


Em terra de sapo, de cócoras com eles


Apesar de viver aqui há mais de quatro anos, ainda me assusto com o costume do alemão de achar que pode chamar sua atenção, por o dedo em sua cara, mostrar como as regras devem ser seguidas. Eu sou meio obturada e não consigo responder imediatamente quando isso acontece. Mas o ser humano tem uma capacidade de aprendizado impressionante e nada melhor do que estar in loco pra aprender como as coisas funcionam e começar a agir igual quando a situação assim o pede. Então, quando consigo ter uma resposta ou atitude rápida, conveniente ao momento, me sinto hiper realizada. (estou tendo problemas para decorar as regras de separação de palavras do português segundo a nova ortografia, mas não vou ficar checando isso agora porque estou com pressa.)
Um tempo atrás, estava eu na fila do caixa na seção infantil da H&M, uma loja tipo C&A, com uma amiga minha e nossas respectivas filhas. A minha amiga era a próxima da fila, eu logo atrás dela e duas moças chegaram atrás de mim, sem filhos. Dei uma chegadinha numa arara pra ver o preço de uma camiseta pra Lara e retornei para a fila. As duas moças atrás de mim tiveram um ataque. Começaram a dizer que eu tinha perdido o lugar. Eu disse que a minha filha estava ali na fila e que eu e minha amiga estávamos juntas. Uma delas disse que não interessava, que ela era a próxima da fila e que eu teria que ir para trás dela. Eu pensei rápido (coisa que dificilmente faço numa situação dessas, onde normalmente enfio o rabo no meio das pernas) e joguei as minhas roupas nos braços da minha amiga e falei pra ela: pague junto com as suas compras que aé essas babacas não vão poder fazer nada. A babaca mor me fuzilou com os olhos, mas não pode fazer nada mesmo, só reclamar. A caixa não disse nada. Minha amiga esperou ela colocar tudo dentro de uma única sacola e aí disse: "Você poderia colocar em sacolas separadas, por favor?" E a caixa, apesar de não ter dito nada, foi conivente e fez tudo bem devagarzinho. Saí de lá, satisfeitíssima por não ter engolido mais um sapo de tantos que já tinha engolido até então. E agora, acho que aprendi : "When in Rome, do as the Romans do".
Tudo isso pra dizer o que me aconteceu esta semana. Estava eu em uma fila e na minha frente tinha uma moça que parecia adolescente. Ela queria comprar cigarros. A caixa perguntou se ela tinha um documento de identidade e ela disse que não. A caixa cumpriu a lei e disse que não poderia vender o cigarro para ela. Ela então pediu para a cliente da frente que estava embalando suas compras. Ela se negou. Então, coitada, pediu pra mim. E eu, que sou alérgica a , avessa a, inimiga de e contra cigarros, sem pensar, disse um redondo "NÃO". E completei em alemão (iuhu): " Eu sou contra cigarros e você é muito jovem pra fumar". Não sei nem de onde isso saiu, mas saiu. Ou os professores são bons ou eu sou ótima aluna.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

"Todos estamos sob o mesmo céu, mas não temos o mesmo horizonte "Konrad Adenauer"

 Eu sou do tipo que decidiu fazer Jornalismo porque Letras, à época da escolha da profissão, era para mim coisa de dona-de-casa. Paguei a língua e me dobrei ao chamado, pois hoje nada mais sou do que uma dona-de-casa letrada. Letrada não porque devoro livros, revistas, jornais, mas por ter dois diplomas -  guardados e não pendurados na parede para todos verem - de jornalista e de professor de língua inglesa e portuguesa. A primeira profissão muitíssimo pouco exerci; a segunda, exerci por poucos anos, apesar de gostar muito. Ambas demandam platéia e palco, seja a tela da televisão, as estações de rádio, as páginas do jornal, a internet ou o tablado do professor. E, aos 38 anos, saí das luzes da ribalta pra me tornar por opção dona-de-casa e mãe por  24/7 e esposa por uma fração disso.
Na minha rotina, não encontro tempo pra leitura, mas não o encontro porque não o procuro. E me corroo por isso. Sou preguiçosa, indisciplinada e contrariamente de um auto-controle que me dá pânico e me deprime. Não vivo um dia após o outro, sofro por antecipação e por tédio por não agir e só pensar no que poderia ter feito ou posso fazer mas não tenho vontade de. É estranho escrever e não ter o hábito regular e salutar da leitura, da viagem nas linhas, da imaginação, do conhecer o que outros escrevem e pensam, do espairecer, da comida para o cérebro. Com isso, posso até correr o risco de ser acusada de plágio ao escrever algo que acho ser seminal ou meramente diferente e nada mais é do que algo que já foi criado, digerido e divulgado.
Reclamo que não falo alemão direito, que não leio, que não estudo e sei qual é o problema. Sou eu mesminha. Me sinto e sou dominada pelas responsabilidades doméstico-maternais que me chamam incessantemente: lavar, passar, cozinhar, levar pra escola, estimular, dar de comer, dar banho, limpar o chão, tirar pó, lavar carro, tirar o lixo, lavar banheiro, limpar janelas...Manhêeee!!!! Seria um prazer, já que é foda, mas chega uma hora que deixa de ser, pois tudo que é repetitivo e esgotante passa a ser obrigação por não terminar nunca. Pra quem só faz isso, o alarme fica ligado o tempo todo. É preciso um tempo pra espairecer. E espairecer não quer dizer descansar, dormir, mas fazer algo diferente que demande outros músculos, outros órgãos. O trabalho de casa é extenuante e emburrecedor e mina nossa capacidade mental. E eu estou muito nova pra abraçar aquele alemão que deixa a gente doida. Por isso, eu preciso escrever. E pra mim, escrever significa não ter tempo pra ler. Back to square one.
Além de ser dona-de-casa, você trabalha?
Quando eu trabalhava como professora de inglês na Cultura Inglesa, meu marido brincava dizendo: "Além de ser professora, você trabalha?" Era uma piadinha que saiu do mesmo buraco de onde veio meu preconceito adolescente contra estudar Letras. E eu transfiro essa "piadinha" para o trabalho doméstico. O que se ouve muito, principalmente em sociedades machistas, é que quem fica em casa pode fazer seu tempo, pode descansar nos intervalos feitos por si mesma e que não existe compromisso com hora marcada. Portanto, só quem traz o dinheiro pra casa, quem põe o pão na mesa é que  precisa descansar no fim do expediente, no final de semana, nas férias (Ãh? Férias? O que é isso?)
Eu sempre digo que o meu jeito de ganhar dinheiro é não gastando, me dedicando à família. E esse foi o acordo quando decidimos vir para cá. Mas, em vez de sucumbir ao destino, me sinto subutilizada e paradoxalmente esgotada. Ao mesmo tempo, eu tenho um auto-controle tão grande que eu sofro por pensar em estar sob o controle de compromissos profissionais e de chefes. Sou avessa à hierarquia, à submissão. Mas me submeto à minha própria tirania.   Não sei deixar a vida me levar, empurrá-la com a barriga, deixar a água correr, deixar como está pra ver como é que fica, mas não sei também ser o agente e fico na passiva.
Me convenço que é melhor como está. Se tivesse que sair de casa todos os dias para trabalhar, teria que deixar minha filha na escola o dia inteiro; teria que limpar a casa no fim de semana ou ter alguém para  limpá-la; teria que ir às compras depois do expediente; se a filha ficasse doente, teria que ter uma babá ou faltar ao trabalho, pois não tenho familía por perto. Não veria minha filha crescer.
Que prazer esse sentimento de realização, essa sensação de ser produtiva me daria? Seria ele verdadeiro? Talvez. Existem milhares de mulheres que trabalham, são mães e esposas. Se sentem realizadas e se gabam por isso. Bom pra elas. Mas acho difícil conseguir ser bom em tudo ao mesmo tempo. Alguma coisa, no meu caso, sairia mal feita e como eu me conheço, teria uma síncope por isso. Me culpo por não ser tão flexível, apesar de que aqui na Alemanha não estou tão por baixo, pois ser "só" dona-de-casa e mãe tem seus méritos -ao contrário do que acontece no Brasil, onde ao "só"  cuidar dos filhos e afazeres domésticos, ou você está desempregada ou  é vagabunda ou  é dondoca.
Quando meu pai foi internado e precisava de alguém com ele dia e  noite, ouvi da ex-cunhada  que o meu irmão não poderia ficar com meu pai à noite porque o trabalho dele dependia de  estar alerta para dirigir nas ruas de São Paulo e que, se não dormisse, poderia sofrer um acidente e ela e o filho não poderiam viver sem ele ( o engraçado é que agora ela lhe deu um pénabu). E ela me disse: "por que a sua irmã  que não trabalha não fica com o seu pai todas as noites já que ela não tem compromisso com ninguém?" Eu fiquei chocada. Isso vindo de uma mulher? E eu desci do meu chinelinho de feltro e disse que "o fato de ela ser dona-de-casa não quer dizer que não tem responsabilidades. Ela tem uma família que depende dela também." Me ofendi  por também ser dona-de-casa e ter deixado minha filha de três anos de idade com meu marido para ir até o Brasil e ficar ao lado do meu pai por 10 dias antes que ele partisse. E por ter respondido ao comentário infeliz que fez, ela  passou a me ignorar e, alguns dias atrás, disse que eu só penso no meu umbigo e o pior, que ela é melhor do que eu".
Já é muito difícil ouvir de um homem palavras de rebaixamento como essas, quanto mais de uma mulher. Me vem na idéia como muitas mulheres que trabalham se sentem superiores em relação às que não. Como se elas tivessem uma força superior dentro de si, como se fossem melhores, como se tivessem alcançado o ápice do sucesso em suas vidas e em suas carreiras. E me lembra uma citação que li num livro quando ainda estudava jornalismo, mas que naquela época não teve peso nenhum sobre o meu pré-conceito contra ser dona-de-casa, mas que agora o sendo me dá um certo acalanto: "We all want to be a success in life. Some achieve heights of fame in their fields, others live quiet lives. Yet who can say that they are not equally successful?"Esther York Burkholder (Nós todos queremos ser um sucesso na vida. Alguns alcançam o topo da fama em suas áreas, outros vivem vidas tranquilas. Entretanto, quem pode dizer que estes não são igualmente bem sucedidos?)
E assim me vejo: como uma pessoa que abraça suas responsabilidades, que tenta se admirar pelas pequenas, mas não menos importantes, realizações, e evita lamentar ( o que não quer dizer que não lamente. Prova disso é este post) o que deixa de fazer, fazendo o que é possível.  Mas também que fica muito puxa da vida quando não tem seu esforço reconhecido. Por isso, nem venha me dizer que eu não tenho o que fazer pra escrever um post deste tamanho que nem eu mesma entendo, pois o escrevi entre tirar roupa da máquina, buscar a Lara no Kindergarten e por comida no fogo. Agora vou por louça na máquina ( é , ainda tenho este luxo) e já vou  sair pra levá-la ao curso de pintura. Desculpem o desabafo. Já vou escovar os dentes.

Esse lixo é um luxo 2 E-lixo

Reportagem no Der Spiegel fala sobre o E-waste, lixo eletrônico que é uma mina de ouro e prata e que poderia ser "escavado" para evitar a destruição de nossos solos em busca de matéria-prima. Clique aqui para ler a matéria em inglês.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Esse lixo é um luxo

Separar lixo na Alemanha requer conhecimento e habilidade. Quando chegamos aqui, levei uma bronca - atitude normal alemã -  da dona do hotel em que moramos nos primeiros quarenta dias, por ter jogado uma tetrapack no lixo de papel. Depois disso, a agente de recolocação nos forneceu um roteiro com a separação correta do lixo e me senti fazendo um curso de especialização em reciclagem.
Já instalados em nossa casa, compramos uma lixeira com 3 separações para facilitar a seleção do lixo: uma divisão para metais e plásticos, outra para papel e outra para restos domésticos em geral . Em nosso prédio, até dois meses atrás, não tínhamos o contêiner para lixo biológico  não processado- restos de verduras, legumes, frutas, cascas de ovos e plantas, então, não fazíamos essa separação e agora precisamos de mais um recipiente para esse tipo de lixo; as garrafas pet são retornáveis e as de vidro devem ser jogadas em contêineres espalhados pela cidade, prestando atenção na cor das garrafas para fazer a separação correta;  e a coleta de isopor e baterias é feita nos supermercados e lojas que vendem estes tipos de produtos. Com a coleta seletiva, passamos a perceber a quantidade de lixo que produzimos por dia. É um absurdo! Então, tentamos, sempre que possível, escolher produtos pela embalagem, de forma que não produzamos tanto lixo.
Não justificaria tanto trabalho em micro escala se não houvesse uma logística para recolhimento e tratamento pós-coleta deste lixo. E aqui, seja rico ou seja pobre ou seja governo, tem-se que respeitar o processo do principio ao fim (igualzinho no Brasil, buáá ). No começo do ano, recebemos pelo correio um plano de coleta de lixo, que é super importante para residências, pois o morador tem que colocar o respectivo contêiner na rua, no dia da coleta. Já, a maioria dos prédios possuem contêineres enoooormes onde aos poucos depositamos a nossa caca diária. Eles são colocados em áreas de fácil acesso aos caminhões de lixo e são feitos de forma a se encaixarem no caminhão, evitando que os coletores  manuseiem o lixo diretamente.

E o que fazer com as quinquilharias, como roupas, aparelhos eletrônicos e móveis?
Quatro vezes por ano, acontece a coleta do lixo que não é lixo, ou melhor, do que é lixo pra mim mas pode não ser para outrem (want not waste not). É o chamado Sperrmüll (nosso "bota-fora"), que é o lixo que pelo seu tamanho ou tipo não pode ser jogado no lixo comum. Neste dia, pode-se colocar gentilmente na rua, sem atrapalhar o trajeto dos transeuntes nas calçadas, tudo que você não quer mais e não cabe nos lixos citados acima. Pela regra, não poderiam ser jogados roupas ou aparelhos eletrônicos. Mas não é só brasileiro que não segue regra, não. Pela regra também, o lixo só poderia ser colocado na rua a partir das 7 horas da manhã do dia da coleta. Mas todo mundo coloca na noite anterior.
Essa "estratégia" é para que se jogue tudo, inclusive o que não pode, pois dá tempo das pessoas passarem pela rua e escarafunchar o lixo que não é lixo pra ver se encontram algo que interesse. Uma pessoa aqui perto jogou uma coleção de Matchbox com centenas de carrinhos. Crianças e adultos se acotovelaram pra pegar o quanto podiam. A minha amiga brasileira adora olhar o que está em oferta nas calçadas e já chegou a encontrar mais de 3 metros de lã pura. Fez um casacão lindo. Eu mesminha tenho um quadro que ela pegou no lixo e me deu. Tinha uma foto de uma paisagem escocesa e ela pegou só por causa da moldura. Quando abri para limpar, encontrei uma gravura por trás da foto e agora ela está na minha parede. Existem vários casos de gente que encontrou coisas valiosíssimas em Sperrmüll por aqui.  Por conta disso, tem pessoas que tem por hobby caçar  coisas nestes dias. Eu pus uma cadeira de carro da Lara no lixo e tão logo a coloquei, parou uma Mercedes prata linda, desceu uma mulher e carregou a cadeira embora. Será que era pra ela usar? Pode até ser.  Mas ela pode ser uma daquelas pessoas que adoram participar de Flohmarkt , feiras espalhadas pela cidade que são uma febre por aqui e que conhecemos como bazares de segunda mão ou, literalmente, Mercado de Pulgas (este é um assunto para outro post).Outros fregueses deste tipo de lixo são os que moram ou tem parentes na Europa Oriental. Eles normalmente vem de van e carregam tudo que possa servir pra vender na terra deles. E por que será que tem tanta gente que joga tanta coisa que tem conserto fora?
Uma das dicas que o folheto do Sperrmüll dá é  "ao comprar móveis e aparelhos domésticos, preste atenção nas possibilidades de conserto e longevidade dos mesmos. Assim, eles não irão tão rápido para o lixo("achten Sie beim Kauf von Möbeln und Haushaltsgeräten auf Reparaturfreundlichkeit und Langlebigkeit. Dann werden sie nicht so schnell zu Müll"). Ou seja, devemos evitar comprar produtos de baixa qualidade ou que não precisamos mas compramos porque  tá barato, porque certamente eles irão parar no lixo em pouco tempo. Esse tipo de conselho procede porque o barato sai realmente caro. Serviços e consertos custam os olhos da cara e, na maioria das vezes, o custo é mais alto do que comprar um novo produto. Eu mesminha já tive este tipo de problema com micro-ondas, torradeira, aspirador portátil, secador de cabelos e um notebook (da HP, que não era de baixa qualidade): o preço do conserto era mais alto do que comprar outro. Com exceção do notebook, foi tudo pro Sperrmüll.
Roupas e sapatos não devem ser jogados no "bota-fora". Eles podem ser depositados em contêineres de instuições beneficentes espalhados pela cidade, ser entregues nas sedes dessas instituições ou ainda vendidos nas garage sales ou Flohmärkte.

A minha mãe, dona Dercy do Baeta, iria se deliciar com o esquema de reciclagem daqui, pois o passatempo preferido dela é mexer no lixo dos outros e catar o que as pessoas não querem mais. E aí ela enche a casa dela de cacareco e móvel velho e as coisas ficam lá até aparecer alguém que queira ou, então, ela faz um bazar para arrecadar dinheiro e comprar comida para os pedintes - é o que eu chamo de "Dercyclagem", versão baetense do Sperrmüll e do Flohmarkt.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ó mundo tão desigual.

Ontem, ao folhear a TIME da semana, reparei que lado a lado estavam imagens bem contrastantes e me lembrei da música do Gilberto Gil e Paralamas do Sucesso, "A Novidade". Em Bonn, não percebemos desigualdades tão grandes. A linha da pobreza não chega nem perto do que é miséria e é muito próxima do que consideramos classe média baixa no Brasil. Mas não ver não quer dizer que não existe. Muitas vezes, andando no centro de Bad Godesberg, deparamos com pedintes.  E como que para reforçar sua situação já degradante, como se o seu sofrimento já não fosse o bastante,  ficam de joelhos o tempo todo. Suponho que deixar de lado seu orgulho, pedir ajuda para estranhos, porque talvez os mais próximos não querem ou não podem ajudar, e ainda se colocar em posição de humildade, ou inferioridade, é o primeiro passo para a degradação do ser humano. E ser ignorado é o segundo.

A novidade

Gilberto Gil
Bi Ribeiro
Herbert Vianna
João Barone

A novidade veio dar à praia
Na qualidade rara de sereia
Metade, o busto de uma deusa maia
Metade, um grande rabo de baleia

A novidade era o máximo
Do paradoxo estendido na areia
Alguns a desejar seus beijos de deusa
Outros a desejar seu rabo pra ceia

Ó, mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
Ó, de um lado este carnaval
Do outro a fome total

E a novidade que seria um sonho
O milagre risonho da sereia
Virava um pesadelo tão medonho
Ali naquela praia, ali na areia

A novidade era a guerra
Entre o feliz poeta e o esfomeado
Estraçalhando uma sereia bonita
Despedaçando o sonho pra cada lado

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Familha 2 - Parenti Serpenti

Um filme que retrata bem o que é família é o italiano de 1992,  "Parenti Serpenti" (Parente é Serpente).
E um de 1989 que mostra as alegrias e dificuldades de ter filhos é o "Parenthood" ( O tiro que não saiu pela culatra). Já completaram a maioridade, mas continuam atualíssimos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Familha

Inspirada pelo post sobre amizade do blog Wer ist Dona Flor?, resolvi escrever como me sinto morando aqui na Alemanha há quatro anos, longe da família e dos amigos e colegas com quem convivi a maior parte da minha vida.
Sabe-se que, assim como o tempo cura feridas, ele também nos faz esquecer ou pouco lembrar daqueles com quem convivíamos diariamente. Cabe a nós mantermos essa lembrança, esses vinculos vivos. Mas nós quem? Aquele que partiu ou todas as partes envolvidas? Algumas pessoas passam por nossas vidas e vão embora, outras ficam, pois mesmo a distância não permite que se afastem. Tenho amigos de infância que já não via há tempos quando saí do Brasil, mas que ainda hoje pela internet me perguntam como vai a vida e, quando nos falamos, parece que vivemos no mesmo bairro e nos vemos todo dia. Tenho amigos mais recentes que estão sempre presentes, apesar dos milhares de quilômetros de distância geográfica. Fiz novos amigos por aqui, mas a sensação de me manter unida às amizades antigas, me dá a impressão de preenchimento emocional, memória, curriculum vitae, laços importantes que me seguram de pé.
Infelizmente, pior do que ser esquecida pelos amigos é ser esquecida pela família. Tenho a impressão de que os amigos parecem mais interessados em saber como estou do que meus entes queridos. Tenho familiares diretos que nunca me ligaram, nunca mandaram um e-mail pra perguntar se ainda estamos, como ficamos, se ficamos, quando voltamos. Ficam esperando - ou não ficam - que a gente ligue e conte as novidades, ou não estão nem aí. E muitas vezes, parece que estamos atrapalhando.
Quando pergunto como estão e, como boa Arlete, não me limito a ouvir as reclamações e começo a dar palpites, sugestões, opinião ou conselho - como faria se estivesse cara a cara- ouço  que "você não está aqui e não sabe o que estã acontecendo" ou, simplesmente, "ah, eu não pedi sua opinião" ou então, desligam na minha cara, o que acho o cúmulo da falta de educação e respeito.  E aí eu choro e minha filha me vê chorando e, então, meu amado e honorável marido, como bom engenheiro racional que é, me faz refletir, perguntando: "Será que ao se preocupar com o outro e ao tentar ajudar não é para o outro uma mera intromissão?; essa atitude faz bem a você e ao outro?; ao gastar horas tentando "ajudar" alguém da familia na resolução de seus problemas pessoais,  você não está sacrificando sua relação comigo e nossa filha e não percebe os efeitos negativos na nossa  família? Você acha que ao ligar pra um familiar e querer ajudar dizendo o que ele NÃO quer ouvir, ele vai achar que você se preocupa mais com ele do que aquele que não está nem aí pra saber como ele está? E pensando nas respostas, decido me afastar mais ainda. E assim, o afastamento geográfico passa a ser também emocional, social, pessoal, humano. 
  Nestes quatro anos de Alemanha, penso que a  distância me tirou o direito de participar, de querer saber como está a vida da familia.  A distância permitiu que me excluissem. Eu posso contar nos dedos quantas vezes me ligaram pra saber como estamos, pra saber como minha filha está. Eu sei que a ligação telefônica é cara, mas existem hoje em dia outras tantas formas de se corresponder e sei que a telepatia ainda não é uma delas, ao menos, ainda não descobri como funciona.
Eu achava que meu pai era quem causava as brigas em casa. Mas a sua morte fez perceber que ele era o agregador, o que mantinha a familia unida. De fato, a sua morte foi o que causou a desunião da familia, irmãos não falam com irmãos e a discórdia reina. Talvez o pavio curto e o sangue espanhol do meu pai que corre nas veias de todos seus filhos, não nos permitem ouvir o outro sem que alteremos o tom de voz, sem que ofendamos, sem que imponhamos nossas opiniões como mais importantes e mais corretas. E isso acaba gerando os desentendimentos. O fato de eu estar distante físicamente dificulta o cara a cara, a discussão e o perdão imediato, ou só um abraço de desculpas. E todo ser humano sabe que basta  evitar o contato e, não só a situação abranda, como o vinculo se desgasta e o laço se desfaz. E assim,  a mágoa fica, e corroi e  a ferida não se fecha.
E não havendo mais laços, não havendo mais interesse no outro, não havendo mais a sensação de que nossa existência ainda tem importância na vida do outro, que a saudade é só uma palavra que se diz mas não se sente, me faz pensar que ficar por aqui não é tão ruim assim.  E concluo que, como diz minha irmã, somos uma mera famILHA, cada um com seu coqueiro, cada um correndo atrás do seu próprio coquinho. 

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Domingo beeeem diferente

Tive que criar vergonha e começar a fazer ginástica. Mas não ginástica ginástica. Comecei a fazer Krankengymnastik, que é ginástica com fins terapêuticos, no meu caso, feita em aparelhos parecidos com os de musculação mas especialmente desenhados para recuperação muscular e estrutural. Depois de ter parado por um ano e meio, retornei à rotina e espero - aliás, estou proibida de dar uma pausa, quanto mais uma tão grande como esta - ter forças e disciplina para continuar.
A minha primeira sessão foi na sexta-feira, e como a fisioterapeuta achou que a rotina de exercícios era muita para uma primeira sessão (graças aos santos), me remarcou para HOJE, DOMINGO DE CARNAVAL, DIA DE SÃO VALENTIM ( dia dos namorados), NO HORÁRIO DO ALMOÇO, COM NEVE DE 15 CENTÍMETROS NA RUA E UM FRIO DE MENOS TRÊS!!! Acho que ela queria ver se eu seria capaz de vencer uma batalha interna contra a minha preguiça dominical. Apesar de estar com gripe e naqueles dias, consegui ir e me orgulho disso. Saindo de lá, fui me encontrar com marido, filha e amigos para almoçar e depois assistir ao desfile de carnaval da cidade e pegar Kamelle.
Quando meus pés e mãos começaram a congelar, me dei por vencida e pedi pra ir pra casa. Fora a boa companhia,ninguém merece uma tortura dessa num domingo. Mas pensando bem, é bom que aqui  é frio, pois a tortura seria muito maior se tivesse um montão de gente pelada, melada e fedida de suor.
 
Queridos amigos, Andreas e Fátima
Gatiiiinha!



Achei linda esta decoração de uma vitrine
Um manequim embrulhado em papel de seda

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Reencontro virtual

Essas redes de relacionamento online são tudo de bom. Encontrei no Facebook um colega que dava aulas comigo na Wizard Santa Cruz há uns 10 anos, o Rodrigo Cerqueira. Ele era baterista da Banda Skuba, que fez sucesso na época com uma música chamada "Drugs"- no vídeo, ele é o de óculos no banco de trás - e cujo vocalista, por acaso, é um primo não tão distante do meu marido. Há três anos, ele tem a banda Firebug Brazil, de estilo jamaicano das décadas de 60 e 70, com muito reggae e ska. Pra quem gosta do estilo, como eu, a banda é é ótima. Sucesso, Rodrigo!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

U2 na Zoropa

Foi divulgada a lista de cidades onde o U2 se apresentará no segundo semestre de 2010. Em alguns países, os ingressos já estão esgotados. Na Alemanha, os shows serão em Frankfurt, no dia 10 de agosto, em Hannover, em 12 de agosto, e em Munique, no dia 15 de setembro. Se ainda estivermos aqui e tiver ingresso e encontrarmos uma Achtung Baby-Sitter, iremos ao show de Frankfurt, que fica uns 200km daqui.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Alaaf! Tempo de Karneval

As cidades de Colônia, Dusseldorf e Bonn são a Bahia da Alemanha. Nesta época do ano, tem festa de carnaval em tudo quanto é salão, escola, escritório, kindergarten e ruas de bairros e centros das cidades. Ontem foi a festa da escolinha da Lara. Até que pra quem não gosta de carnaval, como eu, foi bom ver como as crianças se divertiram. Hoje, amanhã e terça-feira tem mais comemoração de carnaval na escolinha. É uma maratona digna de Farol da Barra. E o quente não é na terça, que aliás nem é feriado, e sim, todos os dias de hoje até segunda,  a Rosenmontag. O carnaval, que começou no dia 11 de novembro às 11 horas e 11 minutos, termina oficialmente na Quarta-feira de Cinzas, Aschermittwoch.

Hoje, quinta-feira antes do Carnaval, Weiberfastnacht,  é o dia em que as mulheres tomam as rédeas da cidade, invadem a prefeitura e saem cortando as gravatas e pendurando os pedaços em suas fantasias para  ao menos um dia do ano, simbolicamente, acabar com o poderio masculino (se bem que sabemos quem realmente manda).
Na TV, desde novembro,  é normal passar programas direto dos salões onde acontecem os Karnevalsitzung . Os espectadores fantasiados ficam sentados, comendo e bebendo e  assistindo as apresentações de dança, dos  Tanzcorps, de bandas, ao som das quais eles só batem palma e se sacodem de um lado para o outro e de Kabaret, que nada mais é do que um show de stand-up comedy.
Os desfiles de rua, que acontecem desde o final de semana passado, tem seu auge no próximo domingo e na  Rosenmontag. E a grande atração das paradas é o Kamelle, que quer dizer "doces". Os carros alegóricos e os desfilantes de chão passam jogando doces e um monte de quinquilharia - banana, esponja, cenoura, ovo cozido -  para quem está assistindo, mas estes tem que ficar gritando: - "Kamelle, Kamelle!", senão não ganham. Maior pagação de mico para os adultos mas diversão pura para as crianças que vão de sacola assistir os desfiles (faz lembrar os pobres esfomeados, mendigando comida para o cortejo do rei).
Para saber um pouco mais da história do carnaval por estas bandas e porque os membros dos clubes de carnaval e os corpos de dança dançam, agem e  se vestem como militares, clique aqui.
É estranho escrever sobre uma festividade que eu nunca curti mesmo no Brasil e que só tinha graça porque era feriado. Eu adorava ficar em São Paulo e ver a cidade vazia, perfeita, como deveria ser. Mas aqui acho que é diferente por ser tudo muito tradicional e sempre dentro dos conformes. Sou avessa a fugir da rotina.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tomar partido

Tenho acompanhado o sufoco que  está São Paulo debaixo d'água e me assusta pensar que a culpa é única e exclusivamente da natureza ou dos pobres que jogam lixo nas ruas e moram em zonas de mananciais. Espero que ninguém se ofenda pela minha decisão de, apesar de distante, mostrar minha preferência política. A liberdade de expressão e de opinião devem sempre ser vistas como direito e devemos fazer bom uso dele. O meu blog nunca censurará nenhum comentário somente porque ele vai de encontro a minha opinião, pois acredito que "It takes all sorts to make a world" e se fóssemos todos da mesma opinião, o mundo seria muito sem graça. Afinal, o que seria do amarelo, se todos gostassem do vermelho?




Mágoas de março

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um monte de toco, é o povo sozinho 
É garrafa de vidro, é o lixo, é o lençol
É a boca de lobo, é o buraco, é a UOL

É estória de grampo, é mel na mamadeira
Pau de arara, cadeia, ditabranda na beira
É a cara do tempo, tombo da ribanceira
É rio nada profundo,  transbordando na feira

É a fruta rolando até o fim da ladeira

É a viga, é o carrão batendo na marginal
É a chuva chovendo, isso não é normal
A culpa é do Pedro,  nada celestial

É o pé, é o rio? Não,  é uma cachoeira
É do porco do povo,  a culpa pela sujeira
É o que diz o Kamel, e sua laia PIGueira

É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é sentir-se sozinho
É serra, é suplicio, um suspiro, alquimia,
Paulista num kassab o final do seu dia

É o Tietê, é o Pinheiros, são seus afluentes
Subindo, entrando na casa da gente
É o pé no telhado, a geladeira na estante
É a enchente chegando, já é o bastante

É o projeto da casa, é o corpo na  cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É o PIG na mídia, são os porcos na rua
Na barriga clamídia, na minha e na tua

São as águas da chuva, fechando a cidade
É a promessa de não ter mais calamidade
É uma Marta, é um Ciro, é um Geraldo, um José,
É mais uma eleição, é só mais uma maré

Mas o voto é um pau, uma flecha certeira
Pra acabar com toda essa grande besteira
Mire na fronte, provoque a cegueira
De quem já não vê nada, queira ou não queira

Não deixe a Globo, a Folha,o Estadão
Fazer sua cabeça, mandar na população
Mostre para aquele que escreve, aquele que filma
Na próxíma eleição, é a Dilma, é a Dilma.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

De graça até injeção na testa*

 Já havia recebido um e-mail sugerindo o site do governo com livros em domínio público, em português. E hoje, fazendo uma pesquisa online para um projeto pessoal, deparei com um site que lista 50 sites que oferecem ebooks GRÁTIS em inglês. Você leu direito!!! GRÁTIS, GRATUITO, FREE, DE GRAÇA, SEM ENFIAR A MÃO NO BOLSO, NA FAIXA.Clique aqui.
*A expressão do título já não tem muito impacto já que hoje em dia tem gente que paga pra levar injeção na testa e ainda acha que ficou lindo.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Brincando na Neve

A neve já foi embora e não sei se vai voltar. Aqui algumas fotos da brincadeira na neve.
 
Sol tentando sair de manhã
  
  

 
Pra descer todo santo ajuda, agora, pra subir é f...
  
  
Será que vai chover? Eu não sei, não, não,não...

 
  
 
Este boneco de neve ficou super simpático.
 
Muita gente perde a cabeça nesta época do ano

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Brincando de Boneca

A minha querida filha Lara adora levar seus bonecos pra passear e vira e mexe esquece um em algum lugar. Só neste final de semana, isto aconteceu duas vezes. A primeira vez ela perdeu a calça jeans da boneca no supermercado. Tivemos que voltar e procurar sem sucesso. A segunda vez, ela deixou o Tigrão, que tinha acabado de comprar, no restaurante. No meio do caminho, tivemos que voltar pra buscá-lo. Como não encontramos a calça da boneca, me aventurei a tentar fazer uma roupinha pra ela. Não tenho a mínima noção de costura, mas algumas dezenas de minutos depois, consegui fazer uma roupa com um pano de chão, ainda não usado, diga-se de passagem.

Pra tentar facilitar as coisas, resolvi comprar uma roupa pronta para a boneca na Amazon e me deparei com estes livros de roupas para bonecas tipo Barbie, que não precisam ser costuradas. E a minha surpresa é que estes livros são de uma brasileira!!! Já comprei.






Campanhas de segurança nas estradas

Existem muitas campanhas que visam atingir seus objetivos com imagens chocantes. Mas acho que as que usam humor são mais inteligentes.A campanha brasileira contra a mistura fatal de bebida e direção  me chamou a atenção, assim como a campanha australiana contra abuso de velocidade como sinônimo de virilidade que foi ao ar há alguns anos.  Acho que ela teria um impacto bem grande num país machista como o Brasil também.



Campanha alemã:

Up, up and away!

Meu queridíssimo e honorável marido reclamou que meus últimos posts estavam muito pra baixo. Atendendo ao seu pedido, sem reclamar e sem aceitar reclamação: 



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