quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Reaprendendo a fazer compras

Com a nova lei que proíbe a distribuição de sacolas plásticas não recicláveis, o povo da cidade de São Paulo  bem como de algumas cidades do Estado terão que reaprender a empacotar e carregar suas compras se não quiserem pagar 19 centavos por sacola à venda nos estabelecimentos.
Pra nós que moramos na Alemanha, há já todo um sistema estabelecido e os brasileiros que mudam pra cá acabam tendo que se adaptar rapidinho. Algumas lojas, como as de vestuário, fornecem as sacolas sem custo, já nos mercados de alimentos as sacolas são pagas. Por isso, todo mound tem suas sacolinhas reutilizáveis na bolsa, sejam elas de algodão ou nylon, completamente dobráveis até virarem um pacotinho bem pequenininho ou não. Também tem os carrinhos de lona que podem ser totalmente dobráveis até caber em uma bolsa grande de ombro, por exemplo. Tem também uns cestos de corda ou vime (que eu sempre achei meio desconjuntado pra carregar) e cestos de lona com armação de aluminio que você encaixa no carrinho do supermercado.
Uma das marcas mais famosas se chama reisenthel

Pra quem tem carro, é normal carregar no porta malas umas caixas plásticas dobráveis, os cestos mencionados acima ou até mesmo  cestos de lavanderia. Os mercados tambem disponibilizam as caixas de papelão das mercadorias repostas nas prateleiras para o cliente. Nao existem empacotadores ajudando a empacotar mercadoria e os caixas parece que fazem curso para ver quem é mais rápido, você ou eles. Você tem que colocar as mercadorias de volta no carrinho o mais rapido possivel e só depois, fora do caixa, organizar suas compras nas suas próprias sacolas ou caixas.
Para fazer uso de um carrinho de supermercado, você tem que ter em mãos moedas de 50 centavos, 1 ou dois euros ou fichas do mesmo tamanho dessas moedas para liberar o carrinho da corrente e fazer suas compras e se quiser reaver seu dinheiro, tem que devolvê-lo ao local de onde o retirou. Não tem aquela coisa de se deixar carrinho no estacionamento estorvando os outros carros. Isso certamente não gera novos (sub)empregos, mas também nem se cogita que isso possa ser um tipo de emprego por aqui.
No fim, tudo é uma questão de adaptação. Teremos que nos acostumar, por exemplo, a comprar sacos de lixo, já que não teremos os do supermercado para usar. As empresas que produzem as sacolas plásticas terão que começar a produzir sacolas biodegradáveis. Abriu-se mais um nicho de publicidade empresarial através de brindes com a logomarca da empresa estampada nas sacolas reutilizáveis e não teremos mais sacolas plásticas largadas em vias e em rios, poluindo e até causando acidentes já que agora elas serão caras para o bolso do consumidor.

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