domingo, 17 de janeiro de 2010

Haiti, ai de ti e de tantos outros


A natureza poderia ser comparada a uma mãe com desvios/alterações de comportamento. Ela provê, dá em abundância, protege, alimenta e é paciente. Ela pode não reagir imediatamente a um comportamento errado dos filhos, mas,  por razões que a própria razão desconhece, a gota d'água pode fazê-la perder a cabeça e sair distribuindo tapa e safanão a torto e a direito sem nem ver onde vai pegar - muitas vezes, sem nem mesmo direcioná-los ao causador do arroubo. E bate por tudo que os filhos fizeram  de errado e eles não sabem nem porque estão apanhando e de onde toda essa agressividade veio. Além de parecer ter perdido a paciência, a Natureza também pode inesperadamente se mostrar:
E quando ela atinge áreas e populações já abaladas por desgraças provocadas pela mesquinhez, ignorância e pobreza material e espiritual do Homem, aí os efeitos são multiplicados exponencialmente.
Segunda Guerra Mundial e Terremoto no Haiti
Vendo as reportagens do terrremoto no Haiti, me veio à lembrança as imagens da Segunda Grande Guerra com corpos em covas rasas, sobreviventes atordoados, fome, miséria, destruição. Mas isso tudo provocado pelo egoismo, vingança e crueldade humana e não pela natureza.
A descrição abaixo,  que originalmente se refere aos países europeus logo após o término da II Grande Guerra,  poderia ser a do devastado Haiti, não fosse a menção da Europa e do frio:
"...estava reduzida à miséria, gemendo de frio e de fome, cercada por crateras tumulares e prédios desmoronados. Pelas ruas das suas históricas capitais vagavam os sobreviventes, um povo exausto, mal-ajambrado, perplexo e atarantado. Nas paredes das ruas era comum encontrar-se uma tétrica frase: "felizes dos mortos, pelo menos suas mãos não se enregelam!" A outrora orgulhosa e arrogante civilização européia, arfava, reduzida quase que à mendicância.Voltaire Shilling
 E vendo a Alemanha hoje, é dificil  acreditar que um dia foi um país devastado. E como aconteceu o milagre econômico? Como se levantaram depois do tombo monumental que levaram porque um baixinho louco lhes passou a perna?
Plano Marshall





Hoje a mídia publicou reportagens sobre críticas feitas por alguns americanos contra a ajuda do governo daquele pais ao Haiti, dizendo que há interesses políticos e econômicos além de desvio dos valores arrecadados. Por isso, ningúem deveria doar nada para ajudar os haitianos a se recuperar da tragédia (para ler reportagem na íntegra, clique aqui). Mais um exemplo de como o ser humano pode ser cruel.   Eles só mostram que não tem conhecimento nenhum de História e desconhecem o ditado "Quem não ajuda, não atrapalha".
Se lermos nos livros ou internet como os países e o povo europeus se reergueram da destruição provocada pela Grande Guerra, fica-se sabendo que a ajuda dos EUA foi essencial, apesar de seu interesse  em reerguer a Europa ser inicialmente conter o Comunismo, o que deu início à Guerra Fria. "Acima de tudo era preciso que renascesse a esperança restaurando a infra-estrutura e a economia dos vitimados pela guerra ou pela ocupação militar. Alguma coisa de espetacular deveria ser feita, pensaram os norte-americanos. Algo que fizesse os europeus ocidentais voltar a tomar gosto pela vida, alguma coisa que os tirasse da apatia e os afastasse do comunismo." (Voltaire Schilling) Foi interesse político em primeiro lugar e econômico em segundo, se considerarmos o acordo de abertura às empresas americanas atrelada à ajuda financeira oferecida pelo Plano Marshall. 
 Mas, guardados os interesses do Plano Truman em reter o Comunismo, o Plano Marshall, juntamente com a ajuda do governo e do povo dos países favorecidos e agências privadas de ajuda humanitária, como a CARE, tinha um objetivo que nenhum outro até hoje teve em paises que precisam se reerguer. Países esses assolados e destruidos por guerra, guerrilha, ditadura, terrorismo, corrupção, negligência ou incompetência, como Haiti, Iraque e muitos outros. Como o próprio Marshall disse em 05 de junho de 1947, em Harvard, "Nossa política não se dirige contra nenhum país ou doutrina, mas contra a fome, a pobreza, o desespero e o caos."
Parece falácia, mas funcionou. Por que será que os planos atuais com esses fins, se é que eles existem, não funcionam? Tivesse o Haiti tido ajuda para se recuperar dos anos de mal governo e miséria, talvez se reerguer de uma catástrofe natural fosse menos difícil. E o pior é que as poucas instituições governamentais ou não que mandaram alguns gatos pingados para o local com intuito de tentar ajudar na recuperação do país antes do terremoto foram atingidas pelas baixas de suas forças. Zilda Arns, que Deus a tenha, nos ajude a não mais acreditar que os mortos tem melhor sorte.

Doações na Alemanha, palavra-chave (Kennwort) “Haiti”:
- DRK: Konto 41 41 41, Bank für Sozialwirtschaft, BLZ 370 205 00
- Unicef: Konto 300 000, Bank für Sozialwirtschaft, BLZ 370 205 00
- Caritas: Konto 202, Bank für Sozialwirtschaft Karlsruhe, BLZ 660 205 00
- Diakonie: Konto 502 707, Postbank Stuttgart, BLZ 600 100 70
- Bild hilft e.V. – Ein Herz für Kinder: Konto 067 67 67, Deutsche Bank, BLZ 200 700 00
Fonte: Mineirinha na Alemanha
 
Doações no Brasil
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0647
Operação: 003
Conta: 600-1
Fonte: Blog Viomundo

3 comentários:

  1. Interessante sua comparacao! Eu também li uns comentários de americanos sobre a catástrofe atual no Haiti e ajuda dos EUA... Fiquei boquiaberta. Obrigada por incluir os dados para doacao aqui na Alemanha. Um beijo, Sandra

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  2. Nice post and this enter helped me alot in my college assignement. Thanks you for your information.

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  3. Hello, Anonimo,
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    Sandra,
    Sempre bem vinda.
    Bjs

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