Com 5 meses de gravidez, descobrimos que era uma menina. Naquela mesma época, meu pai, ao tentar tirar a cidadania espanhola, descobriu que seu pai, meu avô, marido da minha avó, tinha um segundo sobrenome. Seu nome completo era Juan Gomes Lara. Pronto, tá escolhido.
Eu costumava terminar as aulas por volta das 22h. A Lara ficava quietinha o tempo todo, mas quando dava dez pras dez, parece que ela sabia que era hora de ir pra casa e, então, despertava. Deveria ser o contrário, afinal, quem não conseguia dormir depois era eu. Ela se mexia a noite inteira. No último mês de gestação, estando em casa, ficou mais fácil descansar enquanto ela também descansava, ou seja, de dia. Isso era possível, principalmente, porque minha querida sobrinha Prescyla ficou este tempo lá em casa pra cuidar d'eu.
A data prevista para o nascimento era dia 20 de junho. Uma semana antes, um ultrasom diagnosticou que a Lara tinha o cordão umbilical em volta do pescoço. Passei a fazer ultrassons mais frequentes para ver se a situação mudava. Nada. No dia 20, nem sinal da dona Lara e foi quando tive uma consulta com o Dr. Marcelo, que disse que não esperaria mais que uma semana além da data prevista para o parto e explicou sobre as possibilidades, caso o cordão não viesse a se desenrolar no momento de um parto normal. Foi então que resolvemos fechar em uma data para fazer a cesariana no hospital Pró-matre em São Paulo., 23 de junho. Meu plano de saúde da escola cobria um quarto particular, que eu já havia reservado. Chegamos ao hospital às 6 horas da manhã. Fomos informados que não havia mais o padrão de quarto coberto pelo plano e que por isso, ficaríamos numa categoria superior. Me senti em um hotel. E que hotel! Comida de primeira, cama para o Amanzor, área de estar ampla. Tudo ótimo.
Preparação para o parto, eu tremendo igual vara verde. Anestesia. Dr. Marcelo me deu a mão, mas logo mudou de idéia porque disse que, se eu continuasse a apertá-la daquele jeito, ele não poderia fazer o parto. Reclamei da dor na hora da sonda e o anestesista chamou a minha atenção. E o Dr. Marcelo chamou a atenção dele, pois aquele era o meu dia e eu só deveria ter lembranças boas. A coisa foi tão rápida, principalmente porque os doutores ficaram falando sobre futebol com o Amanzor - que odeia injeção e sangue - enquanto faziam o parto que eu só percebi que já estava na metade, quando ouvi o choro da Lara., fofa e super saudável. É impressionante como esse primeiro choro anestesia toda dor e apaga todo medo que possa passar pela cabeça da gente.
Continua...
Seu post me fez lembrar do nascimento do Miguel. Voce tem razao, todo o medo é dissipado diante do primeiro choro deles.
ResponderExcluirBeijos
E a partir daí todo medo é disparada diante de qualquer choro deles. hihihi
ResponderExcluirBeijos