Eu sempre achei que é importante dar opção para os filhos no nome que a gente escolheu lá longe quando eles nasceram. Eu tento pensar sempre na criança na escola e também quando adulta, ver se o nome combina com o sobrenome ou na nomeação de um cargo importante ou um prêmio Nobel (ui). Eu, por exemplo, não gosto do meu primeiro nome mas gosto do segundo. No entanto, não tive a chance de - e nem me esforcei tanto para- fazer ninguém me chamar de Helena. Nomes duplos remontam muitas vezes às novelas mexicanas. Quando adolescente, eu e meu vizinho, que é irmão do meu cunhado, costumávamos nos cumprimentar usando os dois nomes, fazendo voz e cena de dramalhão:
- Oh, bom dia, Jorrrrge Marrrrcos!.
- Muito bom dia, Arlete Hel-lena.
Na Alemanha, os nomes tendem a ser curtos: um nome próprio e um sobrenome, que pode ser o do pai ou da mãe. Raramente usam-se os dois. E quando se referem a uma mulher que adotou o sobrenome do marido, em documentos e em situações formais, costuma-se dizer o nome (por exemplo, Charlotte Croll) e depois acrescenta-se: geboren (nascida) Schmidt, que era o sobrenome de solteira. Quando falo meu nome inteiro as pessoas estranham por que é muito longo, então resumo para o primeiro e o último.
Mesmo assim eu gosto de nomes longos e vou insistir no assunto, principalmente porque os irmãos do Amanzor e os meus também tem nomes duplos. Algumas combinações eu gosto, outras eu acho infelizes, mas não vou dizer quais são. Aí vai o elenco completo da novela:
Vivilí Maria
Luiz Francisco
Ana Beatriz
Antonio Carlos
Arlete Helena
Eduardo Henrique
Nelson Geraldo
Nelson Fernando
Tania Teresa
Rosa Ramona
Augusto Cesar
Amanzor Atílio
Lara Lisboa &
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