quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Tudo pêlo social

No final de semana, a dona do apartamento - que deve ter uns 70 anos  - veio de bicicleta entregar uma carta. Até aí tudo bem - tirando a inveja que eu sinto da terceira idade esportivamente ativa.  Só que ela trajava um casaco de pele até os joelhos! Eu não vi, quem viu foi o Amanzor. e pena que não deu tempo de tirar uma foto pra provar o paradoxo. 
Andar de bicicleta é ecologicamente correto e faz bem pra saúde. Usar casaco de pele é ecológica e politicamente incorreto hoje em dia. Digo "hoje em dia" porque, no passado, os recursos para se proteger do frio não eram tão abundantes e artificiais como hoje. Não havia garrafas pet para  serem usadas na produção do tão quentinho fleece (e assim o fazendo ser eco correto duplamente ao promover a reciclagem).  Só dava pra contar com lã de carneiro, tecidos de algodão e... peles. 
Muitas pessoas de idade continuam usando seus casacos sem peso na consciência, talvez porque eles sejam do tempo do onça em que os animais usados para fabricá-los nem estavam em extinção - como a onça.  Mas muitos são novissimos em folha.  Só na cidade aqui perto de casa tem 2 lojas de casacos de pele e não são peles só de animais criados para tal fim não, tem bicho ali que mais uma década só vai existir na lembrança. E o engraçado é que eu não soube até então de nenhum caso de ataque do PETA ou organizações similares a essas senhoras que andam de casacos de pele até pra fazer compras no mercadinho da esquina. Será que existe um acordo de proteção bilateral entre essas organizações e as instituições de amparo ao idoso aqui na Alemanha?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Receita do quiabo sem baba

Atendendo a pedidos, aqui vai a receita do quiabo sem baba.
Pra saber se o quiabo é fresco, tente quebrar a pontinha com o polegar. Se quebrar fácil, é fresco, se dobrar com flexibilidade é véio e fibroso.

Tire a ponta do cabo e corte o quiabo em fatias não tão finas.
Em uma frigideira, coloque alho, cebola e bacon (ou linguiça ou schinken magro).
Frite
Coloque o quiabo, acrescente sal e pimenta a gosto.
Refogue e acrescente água para cozinhar.
Quando estiver começando a secar, acrescente vinagre (pouco pra não ficar azedo)
Deixe a água secar por completo e comece a refogar, sempre mexendo, de forma que a baba vá grudando no fundo da frigideira.
Conforme você mexe, começa a ver que para de formar baba.
Quando chegar neste ponto, está pronto.

A Cyntia me pediu o endereço da loja que vende quiabo e mandioca e um filé de Pangasius (peixe) congelado, muito bom também. Eu só sei o nome da rua - Rheinstrasse - em Bad Godesberg, próximo a Römerplatz e em direção à igreja Sankt Andreas, do lado direito, onde a parede está pintada.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tem gente que odeia quiabo

Eu odiava até aprender a fazê-lo sem baba. Ultimamente,  eu estava babando de vontade de comer quiabo fresquinho com bacon, feijão preto com linguiça e arroz- talvez um desejo tardio de grávida. Matei a vontade. Semana passada, finalmente e por acaso, encontrei quiabo decente - fresquinho e novinho ao lado de mandioca. E foi em uma loja de uma muçulmana de Moçambique que fala português. Ô terrinha multiculti.


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Eo Reno sobe 2 - mas tudo que sobe desce

















Segunda feira passada o Reno subiu esse tanto e hoje, cansado de passar dos limites, retorna ao seu leito. Que descanse em paz durante um bom tempo.

domingo, 9 de janeiro de 2011

E o Reno sobe

Há 5 anos em Bonn, nunca vi fazer 15 graus em pleno janeiro. Essa foi a temperatura ontem e hoje estamos com 8 graus, nublado e com chuvas esparsas. A neve já derreteu e por esse motivo, o rio Reno já apresenta sinais de que não está dando conta de dar vazão ao volume de água. E o sinal é subir, subir, subir. Pela primeira vez desde que estamos aqui, estamos vendo a água ultrapassar nossa cerca e a previsão é que amanhã ela atinja os 8m40, o que significa água entrando pelo menos nas garagens e escadaria aqui de casa. O Amanzor e a vizinha já providenciaram a colocação dos sacos de areia nas portas dos blocos para contenção da água, caso ela alcance a nossa porta de entrada do bloco. O que estamos vendo da janela e torcendo pra que aconteça é que e o  rio não ultrapasse metade do nosso gramado. Já tem pato nadando no gramado (como dizia Vicente Mateus, são aquáticos e gramáticos) e espero que não venham bater na minha porta. Para terça, a previsão é que o rio comece a baixar.
Em 1995, teve uma inundação (Hochwasser) que atingiu o último degrau antes de chegar no primeiro andar e não chegou a entrar no apartamento. Para sair do prédio foi montada uma passarela no balcão de um dos apartamentos e o acesso era feito pelo último andar que conecta todos os blocos. Não precisa nem dizer que o proprietário não ficou muito feliz com a sujeira do povo passando por dentro do apê pra poder sair pelo balcão. 
 Algumas casas antigas mantem uma marcação das enchentes que aconteceram desde meados do século 19. Tem umas plaquinhas na altura que a água atingiu com o ano do acontecido.  

Nos mantemos atualizados sobre a situação do rio olhando pela janela e nesse site.



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