terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

muculmanos

Acabei de ler no site da CNN que o fundador de uma TV dedicada a comunidade muculmana e a mudar a opiniao publica americana em relacao ao islamismo, entregou-se a policia por ter decapitado a esposa, que deu entrada em pedido de divorcio em janeiro.Como ele pretende mudar a mentalidade do povo ocidental em relacao ao Islamismo com uma atitude destas? Este 'e um exemplo do "Faca o que digo, mas nao faca o que faco", ou, como diz meu marido "As palavras educam mas os exemplos arrastam".
Aqui em Bonn, tem um numero bem grande de muculmanos, principalmente em Bad Godesberg, pois no bairro de Pennenfeld se localiza a "King Fahd Academy" uma escola islamica que 'e alvo de investigacao e constante observacao pelas autoridades alemas. O motivo desta observacao nao 'e por mero preconceito, mas porque existe a desconfianca que esta escola abriga filhos de supostos terroristas e radicais islamicos. Alem disso, ela oferece somente uma hora de aula de alemao por semana contra 6 de arabe e 8 de religiao, fazendo pouco pela integracao de seus alunos na sociedade alema. Esta informacao saiu em uma reportagem publicada em 2003 no site do Deustche Welle, intitulada "Authorities to close muslim school in Bonn" que nao deixa de ser atual.
A imprensa internacional tende a desenvolver no ocidente o preconceito contra a religiao, a cultura e os costumes islamicos, atraves de reportagens que mostram o radicalismo religioso do oriente medio que se propaga atraves do terrorismo. Como brasileira, tendo a ser menos preconceituosa do que os alemaes em geral, mas pode ser que com meus exemplos pessoais abaixo, eu ate contribua para este preconceito, mais direcionado as mulheres islamicas.'E nos poucos contatos com essas mulheres, seus maridos e filhos na rua que eu fico com o pe atras sobre como a mulher muculmana 'e tratada e se deixa tratar, indo de encontro a todas as lutas travadas pelas mulheres ocidentais nas ultimas decadas.
As mulheres muculmanas se destacam pelas roupas que vao desde um simples lenco na cabeca ate a burca negra com uma mascara dourada parecida com a da "escrava Anastacia", ou sem nem mesmo os olhos a mostra. No inverno, da ate pra entender. Deve ser aconchegante. Mas em pleno verao de 35 graus, ja 'e meio complicado.
Quando fomos passear no Drachenfels, uma ruina medieval do outro lado do rio, vimos um casal subindo o caminho ingrime ate a ruina. Ate ai, tudo bem. Mas naquele dia o calor estava escaldante e o marido estava de sandalias, bermuda e camiseta e a mulher, de burca negra carregando no colo o filho, que deveria ter uns 4 anos de idade. Ela ainda andava atras do marido e este nem mesmo a ajudou a levar o filho.
Em outro momento, estavamos brincando no parquinho atras da igreja do bairro e havia algumas mulheres de burca negra sentadas na grama enquanto seus filhos brincavam, todos os meninos portavam metralhadoras de brinquedo tao fiel a original que me deu frio na espinha quando ouvi o barulho das supostas rajadas de bala. Certamente, nao estavam brincando de mocinho e bandido, como costumavamos brincar no Brasil, antes do "politicamente e pedagogicamente correto". Qual sera o nome da brincadeira deles agora?
No mesmo dia, a Lara tentou subir no escorregador e um dos meninos bloqueou o caminho dela. Eu falei com ele, ele nem se moveu. Eu chamei o Amanzor e ele falou com o menino em portugues mesmo e entao o menino saiu da frente.
A minha amiga Lais tambem contou que se encontrou no centro da cidade com uma colega do curso de alemao, muculmana nao radical, que estava com umas 5 amigas vestindo burcas. Ela apresentou todas a Lais. E a Lais saiu dali com um grande ponto de interrogacao na cabeca,pensando: "Elas vao me reconhecer na rua, e eu nao vou saber quem 'e quem a nao ser que eu tenha boa memoria para ligar o nome aos sapatos, isso se elas estiverem usando o mesmo sapato".
Em um dos semestres do meu curso de alemao, havia um aluno que era professor da academia citada acima e ele simplesmente ignorava as mulheres durante a aula. Nem mesmo a professora recebia sua atencao. Como a unica pessoa que falava arabe era uma marroquina, dava pra ver o esforco que ele fazia para perguntar as coisas pra ela quando estava perdido, o que geralmente acontecia, pois sempre chegava atrasado e saia mais cedo.
Numa da minhas visitas a ginecologista, subi no elevador com uma mulher de burca e um homem com um camisolao branco. Eles tambem estavam indo para o mesmo consultorio. Dava pra ver que a mulher estava se retorcendo de dor. O homem nao ficou no consultorio e na sala de espera ela pode tirar a burca, pois so havia mulheres. Ela estava toda maquiada e pendurada de joias e continuava com muita dor. Tao logo um homem entrou na sala ela se cobriu toda.
Um libio, colega de classe, me perguntou se eu era casada e me deu um livro chamado " As mulheres no Isla". Encontrei com ele no centro da cidade e ele me perguntou se eu ja havia lido o livro, eu disse que nao. Ele perguntou o por que d'eu ainda nao ter lido e eu dei meus oculos fracos como desculpa. Ai ele disse que eu deveria ir passear na Libia. Ai, ai. Falei pro Amanzor e ele me disse que achava que o cara estava interessado em mim. Pude ver nos olhos do Amanzor que ele estava se perguntando : "Quanto sera que ela vale em camelos?"

Um comentário:

  1. Oi Arlete, só pra te dar meu ponto de vista sobre alguns muculmanos, pois duas das minhas melhores amigas aqui em Stuttgart sao muculmanas e estou aprendendo muito sobre as verdades desse povo. Se tiver interesse, leia um post q escrevi nesse link:http://retratoserelatos.wordpress.com/2007/07/15/convivendo-com-uma-iraquiana/

    Espero poder acrescentar algo com isso. Bjks!

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