segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tomar partido

Tenho acompanhado o sufoco que  está São Paulo debaixo d'água e me assusta pensar que a culpa é única e exclusivamente da natureza ou dos pobres que jogam lixo nas ruas e moram em zonas de mananciais. Espero que ninguém se ofenda pela minha decisão de, apesar de distante, mostrar minha preferência política. A liberdade de expressão e de opinião devem sempre ser vistas como direito e devemos fazer bom uso dele. O meu blog nunca censurará nenhum comentário somente porque ele vai de encontro a minha opinião, pois acredito que "It takes all sorts to make a world" e se fóssemos todos da mesma opinião, o mundo seria muito sem graça. Afinal, o que seria do amarelo, se todos gostassem do vermelho?




Mágoas de março

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um monte de toco, é o povo sozinho 
É garrafa de vidro, é o lixo, é o lençol
É a boca de lobo, é o buraco, é a UOL

É estória de grampo, é mel na mamadeira
Pau de arara, cadeia, ditabranda na beira
É a cara do tempo, tombo da ribanceira
É rio nada profundo,  transbordando na feira

É a fruta rolando até o fim da ladeira

É a viga, é o carrão batendo na marginal
É a chuva chovendo, isso não é normal
A culpa é do Pedro,  nada celestial

É o pé, é o rio? Não,  é uma cachoeira
É do porco do povo,  a culpa pela sujeira
É o que diz o Kamel, e sua laia PIGueira

É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é sentir-se sozinho
É serra, é suplicio, um suspiro, alquimia,
Paulista num kassab o final do seu dia

É o Tietê, é o Pinheiros, são seus afluentes
Subindo, entrando na casa da gente
É o pé no telhado, a geladeira na estante
É a enchente chegando, já é o bastante

É o projeto da casa, é o corpo na  cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É o PIG na mídia, são os porcos na rua
Na barriga clamídia, na minha e na tua

São as águas da chuva, fechando a cidade
É a promessa de não ter mais calamidade
É uma Marta, é um Ciro, é um Geraldo, um José,
É mais uma eleição, é só mais uma maré

Mas o voto é um pau, uma flecha certeira
Pra acabar com toda essa grande besteira
Mire na fronte, provoque a cegueira
De quem já não vê nada, queira ou não queira

Não deixe a Globo, a Folha,o Estadão
Fazer sua cabeça, mandar na população
Mostre para aquele que escreve, aquele que filma
Na próxíma eleição, é a Dilma, é a Dilma.

6 comentários:

  1. Ótimo!. Manda para o Nassif. Ele vai gostar. Vai pelo atalho do meu blog. beijos, M.A.

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  2. Manda para o Paulo Henrique Amorim também!

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  3. Mandei,
    Ô Dona Rita e sua majestade, tô tentando falar com vocês. Agora tenho skype. Quero testar uma ferramenta com você.
    Abraços e beijos

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  4. Oi Arlete dê uma olhada

    http://camalees.wordpress.com/

    um beijo

    Lena

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  5. se fossem so os pobres que jogam lixo na rua...infelizmente os "ricos" tb sao mal-educados. La no Rio vc pode estar na favela ou num bairro chique como a Lagoa que vc vai ver o lixo sendo carregado pelas ruas igualzinho. é uma pena. Mas algum dia a gente melhora ;) bjs!

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